Conheça a história do jornalista Cléber Ferreira, o doutor que tem orgulho da origem sertaneja
Por Marco Faleiro
Com uma expressão de alegria e respeito ao jornalismo Folha Z, o comunicador Cléber Ferreira tirou um casaco pesado e se sentou na cadeira da presidência da “Rádio 730”, no 16º andar do edifício São Judas Tadeu, no Centro de Goiânia. Por alguns minutos, Cléber falou sobre a vida da rádio, que é considerada a mais influente de Goiás. Mas não vamos entrar nesse mérito.
Nascido no Bairro de Campinas, antiga Campininha das Flores, o caçula entre 11 irmãos confessou que sempre teve vontade de contar histórias. E é por isso que não abandona a rádio, com vários problemas para serem resolvidos todos os dias, e nem mesmo o jornal impresso aparecidense O parlamento, onde há anos escreve textos contundentes. “Não é fácil administrar a 730. É uma rádio com mais de 60 colaboradores. Mas gosto do que faço. E faço com dedicação e amor ao jornalismo”, disse.
Além da vocação para as palavras, Cléber tem orgulho de falar dos pais, kardecistas caridosos e de vida rural. Para ele, a estrutura que recebeu em casa também foi um diferencial para a formação do seu caráter. “Sou um roceiro que estudou”, brincou o jornalista, se referindo às origens na fazenda e à posterior vida acadêmica cheia de vitórias.
Começo
A história do experiente profissional é repleta de prematuridade. Cléber foi alfabetizado pelas próprias irmãs, em casa, antes mesmo de entrar para a escola, aos quatro anos. Depois disso, foi um pulo até ser aprovado no vestibular com apenas 14, para o curso de administração. Em seguida, se classificou em bom concurso para trabalhar no IBGE. Mas largou a estabilidade do serviço público quando foi procurado para redigir uma coluna social.
O filho da Campininha das Flores e torcedor declarado do Atlético Goianiense sempre gostou de escrever. Antes dos 20 anos, já tinha angariado prestígio no meio literário com contos e poesias vitoriosos em concursos. Mas atribui a Suely Arantes a “culpa” por tê-lo levado ao jornalismo. O que ocorreu foi que a colunista precisou abandonar a sessão que escrevia para o jornal “O Popular” e o indicado para preencher a vaga foi o garoto Cléber, com apenas 17 anos de idade. Era a primeira página de uma história de sucesso.
Conquistas
Não tardaram os primeiros contatos com a crônica esportiva. O trabalho com as Feras do Kajuru, em 1989, abriu portas para a TV e, com apenas quatro meses de reportagens pela Bandeirantes, fez link ao vivo e em cadeia nacional de um amistoso da seleção brasileira. Cléber Ferreira teve destaque na TV Brasil Central, TV Serra Dourada, TV Goiânia e Rádio Difusora, mas considera que o meio mais prazeroso é o do impresso. Explicou que é por causa da paixão por escrever.
Hoje à frente da Rádio 730, Cléber tem um extenso currículo. São diplomas superiores em Administração, Letras Vernáculas e Psicologia, além de pós-graduação, mestrado e doutorado em Linguística. Porém, mesmo sendo tão sério e dedicado aos estudos, garantiu nunca ter deixado a criatividade e a inovação de lado. Já foi cantor de boteco, ator e professor de português, além de quase ter iniciado uma carreira como psicólogo.
Vaidade e soberba
Cleber Ferreira é um dos poucos profissionais da comunicação goiana que a vaidade e a soberba não subiu a cabeça. Homem simples, que não faz acepção de pessoas. Procura ser justo nas decisões profissionais. Preza pelo bom jornalismo. Sua postura incomoda muitos, mas agrada leitores, ouvintes e telespectadores.
Discussão sobre isso post