A Polícia Federal (PF) realizou ação, nesta 4ª feira (22) para desmanchar planos do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e assassinar servidores e autoridades públicas, incluindo o senador Sérgio Moro.
Denominada de “Operação Sequaz”, a ação da PF, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, inclui prisões e buscas contra a organização criminosa.
De acordo com as investigações, o objetivo da quadrilha era de negociar a soltura de líderes da facção através do homicídio e sequestro de figuras públicas em pelo menos 5 Estados.
A suspeita é que os ataques seriam simultâneos.
Sérgio Moro na mira do PCC
Entre os alvos estava o senador Sérgio Moro (União Brasil), que confirmou na tarde desta 4ª feira que sabia do plano da PCC desde janeiro, o promotor de justiça Lincoln Gakiya e um comandante da Polícia Militar.
A perseguição ao ex-juiz Sérgio Moro, segundo a PF, se dá pela sua decisão enquanto era ministro em 2019.
À época, ele comandou a transferência do chefe da facção, Marcola, para um presídio de segurança máxima.
Os criminosos alugaram casas, chácaras e um escritório na rua do senador para monitorá-lo.
Motivação e milhões gastos
Moro comentou o caso no Senado, ainda na 4ª.
Segundo ele, a motivação do PCC para querer matá-lo foi sua atuação como juiz e ministro.
“Ou nós os enfrentamos, ou quem vai pagar são não só as autoridades, mas também a sociedade. Tem que fazer com políticas rigorosas, inteligentes, não podemos nos render.”Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça”, afirmou.
De acordo com apuração preliminar, a facção investiu US$ 550 mil (cerca de R$ 2,9 milhões) no plano do atentado, que vinha sendo colocado em prática desde julho de 2022.
O montante foi usado para montar uma estrutura na região metropolitana de Curitiba, com chácaras, veículos blindados e armas.
Após obter indícios dos planos, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná solicitou que a PM fizesse a proteção armada da família do senador nas últimas semanas.
Desfecho
Em relação a Gakiya, acredita-se que seja pela sua perseguição à quadrilha desde o começo dos anos 2000.
A PF já prendeu 9 suspeitos de serem integrantes da organização criminosa.
A polícia informa que cerca de 120 policiais realizam 4 mandados de prisão temporária, 7 de prisão preventiva de suspeitos e 24 de busca e apreensão nos Estados de Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo, Paraná e no Distrito Federal.
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