Após 38 dias, a Operação Canguçu foi encerrada.
A Polícia Militar do Tocantins (PM-TO) anunciou na 4ª feira passada, 17, o fim das atividades da força-tarefa.
A operação buscava os criminosos que atacaram a cidade de Confresa (MT) no dia 9 de abril.
Mais de 300 policiais de 5 estados: Tocantins, Mato Grosso, Pará e Minas Gerais e uma equipe goiana fizeram parte da operação.
Foram 18 mortos e 5 presos.
Entenda a Operação Canguçu
Uma organização criminosa causaram terror em Confresa no dia 9 de abril.
Eles invadiram e atearam fogo no quartel da PM, atiraram pelas ruas e tentaram saquear uma empresa de transporte de valores.
Segundo confissão de um dos suspeitos presos, a expectativa da quadrilha era de roubar cerca de R$ 40 milhões.
O grupo fugiu para Tocantins pelos rios Araguaia e Javaés até chegarem na região da maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal.
Foi neste território, que conta com 19.162 quilômetros quadrados de extensão, em que as buscas foram feitas.
Eles tiveram reforços de aeronaves e utilizarão de drones, binóculos com visão noturna e cachorros para realizarem as buscas.
Diversos bloqueios em possíveis rotas de fugas foram feitos, fazendo com que os suspeitos ficassem encurralados.
Os confrontos entre os agentes e os criminosos aconteceram, predominantemente, na zona rural de Tocantins, próximo à cidade de Pium.
Em um dado momento, a quadrilha invadiu o município de Marianópolis (TO) e trocaram tiros com os policiais no perímetro urbano.
Eles logo voltaram à mata, onde usavam sacos de fibras sintéticas em seus pés para ofuscarem seus rastros.
Os suspeitos estavam se alimentando de milhos que furtavam das plantações da região e de sal com ureia, utilizado como suplemento da alimentação de bovinos.
Após percorrerem uma área de 4,6 mil quilômetros, em quatro cidades. por 38 dias, 18 criminosos foram mortos e 5 foram presos.
Desses detidos, 2 foram na área de busca policial e 3, que teriam apoiado a quadrilha, em Redenção (PA) e Araguaína (TO).
Os policiais apreenderam 24 armas, dentre elas dois fuzis .50 e 11 AK-47, usados em artilharia militar, 5 granadas, carregadores, munições, coletes e capacetes balísticos, materiais explosivos e detonadores.
Nenhum policial foi ferido.
A polícia considera a Operação Canguçu uma das maiores operações para capturar criminosos do país.
2ª fase
Segundo comando da PM, a Operação Canguçu entra agora numa 2ª fase, que será de maior responsabilidade da Inteligência da corporação.
Os bloqueios e barreiras ainda serão mantidos.
A PM orientou a população da região para relatarem qualquer anormalidade.
Uma viatura de reforço foi enviada para Marianópolis, região em que ocorreram confrontos diretos.
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