Os 3 suspeitos de matar o idoso Wellington Luiz Ferreira Freitas por causa de uma dívida de R$ 21 milhões vão a júri popular no município de Rio Verde.
O crime ocorreu em 2022, em uma fazenda localizada na BR-060, em Rio Verde, na região Sudoeste de Goiás.
Os réus são: Renato de Souza, Rogério Oliveira Muniz e Rogério Teles Borges.
Os 3 foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).
A juíza da 1ª Vara Criminal de Rio Verde, Grymã Guerreiro Caetano Bento, entendeu que o caso se trata de crime doloso contra a vida, com os quais os julgados vão ao Tribunal do Júri.
De acordo com o promotor de Justiça Paulo Brondi, autor da ação penal, os 3 foram denunciados por terem combinado entre si, por motivo torpe e mediante promessa de recompensa.
Enforcamento e carbonização
O idoso teria sido enforcado.
Após a morte, o corpo da vítima foi carbonizado.
2 dos suspeitos teriam ateado fogo contra a vítima em uma estrada de teerra próxima à rodovia GO-333.
Segundo a denúncia, Renato devia ao idoso quase R$ 21 milhões.
O valor era referente à comissão da venda de uma fazenda desse réu, que estava sendo cobrada judicialmente.
Ainda de acordo com a denúncia, relutante em pagar o valor, Renato optou por mandar matar Wellington. Paulo Brondi relata que, para colocar sua intenção em prática.
O fazendeiro procurou Rogério Muniz e ofereceu a ele R$ 150 mil para a execução do crime.
Plano foi colocado em prática
Muniz aceitou a proposta em junho de 2022.
Ainda de acordo com a denúncia, o suspeito de mandar matar Wellington fez 2 depósitos via PIX, no valor de R$ 20 mil e R$ 10 mil, como adiantamento.
Ele, ainda, deu a Rogério Muniz 4 pneus novos.
Sob a orientação e supervisão direta do contratante, Rogério Muniz procurou a vítima identificando-se como Adriano, pessoa supostamente interessada na compra de terras em Goiás.
Ainda de acordo com a denúncia, feitos os contatos iniciais, Rogério Muniz e a vítima se encontraram na manhã da data do crime.
Nesse local, enquanto estavam dentro do carro de Wellington, Rogério Muniz imobilizou a vítima com uma corda e a enforcou.
Após, acreditando tê-lo matado, ele deixou o corpo no local e fugiu.
Corpo carbonizado
Logo em seguida, contando com o auxílio de um 3º, ele pôs fogo no carro, com a intenção de destruir os vestígios do crime e impossibilitar sua descoberta.
A manobra contou com a ajuda também de Renato, o qual lhe entregou 2 galões contendo óleo diesel.
Muniz ainda recebeu um telefonema de Rogério Teles, que o ameaçou afirmando que ele teria que terminar o serviço.
Rogério Muniz, então, retornou ao local do crime e colocou fogo no corpo da vítima, buscando apagar suas digitais.
Rogério Muniz e Renato conversaram durante o dia do crime, sendo feitos outros 2 depósitos via PIX, no valor de R$ 25 mil e R$ 17 mil reais.
A investigação também apurou que Rogério Teles ficou incumbido de dar suporte logístico ao executor, providenciando dois celulares que se falassem, sendo depois descartados.
Rogério Teles ainda era incumbido de vigiar os passos do executor.
Houve pedidos de revogação de prisão feitos pela defesa dos acusados.
A juíza os negou, mantendo-os em prisão preventiva.
LEIA TAMBÉM:
Mulher que flagrou jovem matando o pai enforcado foi ameaçada de morte
Discussão sobre isso post