Uma mulher, de 30 anos, foi presa suspeita de matar, esquartejar e esconder o corpo da filha, de 9 anos, em uma geladeira.
O trágico caso aconteceu neste sábado, 26, em São Paulo.
Ruth Floriano, mãe da vítima, teria confessado o crime para a Polícia Civil (PC).
Neste domingo, 27, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decretou a prisão preventiva da mulher.
Descoberta do corpo
No sábado, 26, a mãe do namorado de Ruth entrou na casa da suspeita, enquanto ela estava fora, e abriu a geladeira.
O eletrodoméstico estava coberto de pano e plástico.
Quando a sogra finalmente abriu a geladeira, ela se deparou com os restos mortais da criança, momento em que acionou a Polícia Militar.
Os militares prenderam Ruth na casa do seu ex-marido, que não é o pai da vítima.
Relato durante prisão
Quando foi detida pela PM, a suspeita negou o crime e disse que, há cerca de 1 mês, havia conhecido um homem em um aplicativo de relacionamentos.
Eles foram para casa de Ruth, onde usaram drogas e dormiram em seguida.
Ela relatou aos policiais que, ao acordar, encontrou a filha morta e disse que não se lembra do ocorrido, apenas que decidiu guardar as partes do corpo na geladeira.
O homem ainda não foi identificado e ouvido pela polícia.
O caso foi registrado pelos policias como homicídio qualificado contra menor de 14 anos e emboscada por motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e ocultação de cadáver.
2ª versão
Na delegacia, a mulher teria feito uma 2ª versão e confessou o crime.
A suspeita revelou que, entre os dias 8 e 9 de agosto, usou drogas e decidiu matar a filha por não aceitar a separação com o pai dela.
A vítima morava com a família do pai da criança antes de morar com a mãe.
O pai mora em Atibaia, interior de São Paulo.
Homicídio depois do aniversário
Ruth disse ter assassinado a filha dias após a filha ter feito aniversário.
No entanto, a polícia suspeita de que o crime foi cometido quando a criança ainda tinha 8 anos.
Segundo o boletim de ocorrência, a suspeita esfaqueou a filha no peito e, em seguida, a cortou e guardou os pedaços do corpo num saco plástico dentro de uma caixa térmica.
Ela afirmou que teria se drogado antes do ato para ter “coragem de arrancar a cabeça da criança”.
Além disso, a suspeita afirmou que fez buscas na web para realizar a decapitação.
No dia 15 de agosto, segundo Ruth, ela moveu a caixa para a geladeira.
A mulher mudou de residência no dia seguinte, mas o eletrodoméstico foi levado para outra casa com ajuda de amigos e parentes de seu namorado.
Para a polícia, o homem negou saber do crime e relatou que Ruth não o deixava entrar na casa.
Ele ainda afirmou que sentia um odor vindo da residência.
Segundo a suspeita, no dia 25 de agosto, ela foi até a Zona Leste de São Paulo para entregar uma chave a seu ex-marido, que negou ser pai da vítima.
Ele afirmou que conheceu a mulher havia 2 anos através de aplicativo e tiveram um “relacionamento afetivo”.
Prisão
Ruth tem outros 2 filhos, que foram entregues ao Conselho Tutelar.
O pai da vítima ainda será ouvido pela investigação.
A suspeita passou por uma audiência de custódia neste domingo, 27, onde a Justiça decretou prisão preventiva.
Ela ficará detida por tempo indeterminado.
Os restos mortais da criança passaram por exame necroscópico no Instituo Médico Legal (IML) e aguardam retirada da família.
O enterro deve acontecer nesta 2ª feira, 28.
LEIA TAMBÉM:
Larvas, lixo e violência: berçário em AP é suspeito de maus-tratos
Discussão sobre isso post