Após quase um ano em que uma ossada foi encontrada em um bosque de Aparecida de Goiânia em dezembro de 2022, a Polícia Civil conseguiu confirmar a identidade.
Nesta 6ª feira, 1º, a PC identificou que os restos mortais são de uma jovem trans, Alícia Marques, de 18 anos.
Alícia estava desaparecida desde fevereiro de 2022.
Entenda o caso
No dia 12 de fevereiro de 2022, num sábado, Alícia saiu de casa, no Jardim Helvécia, sem informar para a mãe para onde ela estava indo, mas que sempre voltava para casa no dia seguinte.
Ela foi vista em uma distribuidora de bebidas próxima de onde morava.
No domingo, 13, a jovem não retornou e não recebia ligações no celular.
Os restos mortais de Alícia foram encontrados no dia 24 de dezembro de 2022, por um pedestre que passeava com seus cachorros.
Um dos animais entrou numa mata e desenterrou parte da ossada.
Nesta 6ª feira, 1º, após exame de DNA, foi confirmado que os restos mortais pertencem à Alícia Marques.
Dois homens foram presos suspeitos do crime.
Segundo o delegado Fabrício Flávio, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais, Alícia foi morta no mesmo dia de seu desaparecimento.
“O crime foi premeditado e orquestrado pelos autores. Nós hoje buscamos dar um alento a essa família, a mãe que aguardou pela filha por 1 ano e 7 meses”, afirmou Fabrício.
O laudo com a causa da morte deverá ser divulgado na próxima semana, de acordo com a PC.
Pedido de arquivamento
Inicialmente, o caso era investigado pela delegada Luiza Veneranda, do 1 º Distrito Policial (DP).
Em seguida, o delegado Jonatas Barbosa, do 4º DP, assumiu o caso e solicitou o arquivamento em janeiro deste ano.
Segundo o investigador, a polícia tentou todas as alternativas para tentar localizar Alícia. “Todas as medidas e todos caminhos foram tomados. Tudo que se faz na vida chega a um ponto que não tem mais o que ser feito. Pedimos as quebras de sigilo telefônico e conversamos com as pessoas que conheciam a jovem, porém ninguém tem informações dela”, relatou.
O delegado Jonatas Barbosa informou que não teriam mais recursos a ser utilizados para encontrar a jovem.
“Nós tentamos tudo que poderia ter sido feito e não tem mais o que fazer, até que surja algo novo: uma testemunha que informe um possível paradeiro dela. Infelizmente, chegou a um lugar que não temos mais onde tentar, por isso solicitamos o arquivamento”, explica Jonatas.
Depois, a investigação foi retomada e concluída pelo delegado Fabrício Flávio, do DEIC, que conseguiu a confirmação de DNA 40 dias depois.
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