Um estado no sul da Índia, Kerala, fechou escolas e empresas para conter avanços do vírus Nipah.
A infecção pode causar complicações perigosas em pacientes, como encefalites e problemas respiratórios graves, além de risco de fatalidade.
5 casos foram registrados no estado. Desses, 2 foram mortos.
Os outros 3, um deles sendo uma criança, estão sendo tratados no hospital.
O que é o Nipah Vírus?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma doença zoonótica, transmitida aos seres humanos por animais.
O vírus Nipah também pode ser transmitido por alimentos contaminados ou diretamente de pessoa para pessoa.
A OMS afirma que os morcegos frugívoros da família Pteropodidae, em particular as espécies pertencentes ao gênero Pteropus, são os hospedeiros naturais desse vírus.
No entanto, eles não sofrem grandes problemas de saúde pela doença.
O vírus pode infeccionar gravemente outros animais, como porcos.
Sintomas do Nipah
O período de incubação varia de 4 a 14 dias, tendo casos registrados de até 45 dias, relata a OMS.
O vírus pode se apresentar de forma assintomática ou causar sintomas graves.
Os infectados pelo Nipah apresentam, inicialmente, febre, dor de cabeça, dor muscular, vômito e dor de garganta.
Esses sintomas podem ser seguidos por tontura, sonolência, alteração da consciência e encefalite aguda.
Há registros de pessoas que apresentaram pneumonia e problemas respiratórios graves.
Casos graves do Nipah incluem convulsões e encefalite.
Prevenção
A OMS alerta que não há medicamentos ou vacinas contra a infecção pelo Nipah.
Porém, limpar e desinfetar os ambientes onde vivem os porcos e morcegos, evitar contato físico desprotegido com infectados e lavar as mãos são medidas preventivas.
Onde o Nipah já teve registros?
O vírus é conhecido desde 1999, gerando pequenos surtos no Sudoeste Asiático.
Esta foi a 4ª incidência do Nipah desde 2018, quando 23 pessoas foram infectadas e 21 delas morreram.
A doença está na lista de observação da OMS pelo seu potencial pandêmico.
A taxa de mortalidade de casos pelo vírus Nipah é estimada em 40% a 75%, podendo variar de um surto para outro, dependendo da vigilância e do gerenciamento clínico nas áreas afetadas.
A maioria dos infectados se recupera totalmente, embora alguns fiquem com distúrbios neurológicos após a encefalite aguda.
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