O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) subiu o tom contra o presidente do PSDB Goiás, Marconi Perillo, em defesa da construção do Complexo Oncológico de Referência em Goiás (Cora).
O gestor goiano chamou o ex-governador de “canalha” e disse que o tucano só tem coragem atrás de um papel.
A afirmação foi feita por Caiado em entrevista publicada no Jornal O Popular neste sábado (7).
Sem citar o nome de Marconi, Ronaldo Caiado comentou a representação do tucano no Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) requerendo anulação entre o Estado e a Fundação Pio XII, que administra o Hospital do Amor de Barretos e fará a gestão e manutenção da unidade em Goiânia.
Ao explicar a ação, o chefe do Executivo foi enfático e disse que 40% das obras já avançaram em 7 meses e que essa é uma tentativa de paralisação.
“É atitude de um criminoso que não para de, cada vez mais, querer punir o povo goiano”, afirmou Caiado.
Caiado disse ainda que a atitude do presidente do PSDB goiano é moralmente questionável.
“Isso aí sai de qualquer linha de bom senso, querer alegar descumprimento de norma. É um canalha corrupto”, descreveu.
O governador ainda atribuiu a Marconi uma “falta de espírito público”.
“Só um canalha como esse é capaz de assinar isso aqui. E o pior de tudo é que é homem bundão, frouxo. Só tem coragem atrás do papel. Essa é a característica deste homem que assinou. Não vou falar esse nome. Esse é um crápula que assinou esse documento”, justificou.
Processo legal
Convicto da legalidade dos atos firmados por seu governo, Caiado garantiu que vai inaugurar o Cora em 2025, e que irá responder à suspeição arguida pelo tucano com a lei e com pareceres dos melhores juristas do Brasil.
O governador ressaltou ainda que o processo de autorização para a construção do Cora foi legítimo e lembrou que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) cuidou da modelagem jurídica da nova unidade de saúde, valendo-se de vários despachos, estudos e pareceres que indicaram a adoção do marco regulatório das organizações da sociedade civil (Lei 13.019/2014) para atribuir a gestão do hospital à Fundação Pio XII.
“A lei, a 1.319 de 2014, foi regulamentada em 2016. Então, está lá, claro, a maneira como se pode fazer. Você vai fazer aquilo que se prevê na lei, que é uma parceria de um consórcio. Em que ele tenha a finalidade de fomentar uma instituição sem fins lucrativos e que ela também terá a responsabilidade de fazer o funcionamento da obra. Então isso tá previsto. A Organização da Sociedade Civil (OSC) está prevista na Lei 1.319”, explicou.
LEIA TAMBÉM:
Prefeito Vilmar recua para evitar desembarque do grupo de Mendanha
Discussão sobre isso post