Um casal de turistas foi surpreendido por uma câmera de vídeo escondida no flat de 1 resort onde os 2 estavam hospedados.
O caso aconteceu na última 3ª feira (16), no OKA Beach Residence, na praia de Muro Alto, em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, região metropolitana do Recife.
VEJA:
Resort, empresa responsável e plataforma de reserva se pronunciaram
O caso aconteceu na última 3ª feira (16), no OKA Beach Residence, na praia de Muro Alto, em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, região metropolitana do Recife pic.twitter.com/fM29MzbqwN
— Folha Z (@FolhaZ) January 22, 2024
Como encontraram o dispositivo?
De acordo com o advogado do casal, Roque Henrique Campos, a esposa – que não teve seu nome revelado – ouviu um barulho próximo da televisão no quarto, que vinha de um receptor de tomada.
Ao tentar colocar o carregador no plugue, ela notou que se tratava, na verdade, de uma câmera de vídeo escondida.
Conforme relatado pela mulher, o dispositivo estava instalado em frente à cama do casal.
O advogado afirma que um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia da 43ª Circunscrição, em Porto de Galinhas.
A esposa, segundo Roque Henrique, está sob acompanhamento psiquiátrico, pois teme que imagens íntimas sejam vazadas.
Investigação no resort
Roque Henrique Campos conta que a administração do resort ofereceu ao casal um outro quarto para passarem a noite, mas optaram por ficarem no mesmo flat e tamparam, com papel, a câmera.
No dia seguinte, segundo o jornal Diário de Pernambuco, a Polícia Civil (PC) realizou perícia no local e encaminhou o equipamento para o Instituto de Criminalística (IC), a fim de encontrar quem estaria recebendo as imagens captadas.
Ao jornal local, o proprietário do imóvel alegou que contratou uma empresa para administrar a hospedagem, sendo responsável pela segurança e outros serviços.
Ele ainda negou qualquer envolvimento com a instalação da câmera.
As investigações buscam encontrar o responsável pela instalação do dispositivo.
O caso está sendo investigado como crime de “registro não autorizado de intimidade sexual” (Art.216 – b do Código Penal) pois, segundo o delegado Ney Luiz Rodrigues, a intenção seria “captar imagens com cenas de sexo ou nudez”.
A pena pela detenção varia de 6 a 1 ano, além de multa.
Após o caso, a plataforma de reserva de acomodações por onde o casal contratou a hospedagem, a Booking, informou que o flat foi suspenso da plataforma e se colocou à disposição das autoridades.
A Booking lamentou o ocorrido, afirmando que o processo de verificação dos anúncios de acomodações é levado a sério, com uma série de análises feitas.
Esclarecimento das empresas envolvidas
Em notas divulgadas à imprensa local, a empresa que administra o resort afirmou que repudia a atividade criminosa e que tem prestado apoio ao casal e às autoridades.
O OKA Beach Residence disse em nota publicada nas redes sociais, que o caso se trata de um condomínio residencial, e que o flat é de responsabilidade do proprietário da unidade.
“A instalação de câmera oculta em unidades privativas para locação é um ato criminoso que repudiamos veemente”, disse o documento.
Discussão sobre isso post