O ex-presidente Jair Bolsonaro abriu uma nova rodada de desentendimento com o governador Ronaldo Caiado, durante passagem por Goiânia.
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Em comício no Parque Vaca Brava, ao lado do candidato do PL Fred Rodrigues, Bolsonaro voltou a cutucar medidas de Caiado ao longo da pandemia de Covid-19.
Sem citar nominalmente o governador – mas com coros de Caiado vindo do público – o ex-presidente o chamou de “covarde” e estendeu as críticas a Sandro Mabel, dizendo que o candidato a prefeito “não representa a direita”.
As críticas ao governador fazem menção às recomendações de medidas restritivas apoiadas por Caiado na pandemia (como isolamento e uso de máscaras), na contramão do que pregava o ex-presidente.
“Nós, na pandemia, fizemos o que tinha que ser feito. Fui contra governadores que falavam ‘fiquem em casa, a economia a gente vê depois’. Governador covarde! Governador covarde! O vírus ia pegar todo mundo, não tinha como fugir do vírus“, afirmou Bolsonaro.
Caso de Bolsonaro e Caiado é antigo
Jair Bolsonaro e Ronaldo Caiado chegaram a romper laços ainda no primeiro mês da pandemia, em 2020.
Apesar disso, se mantém aliados políticos, com Caiado buscando ser sucessor de Bolsonaro como líder de direita na disputa da presidência em 2026, uma vez que o ex-presidente está inelegível até 2030.
A tentativa de Caiado, inclusive, pode ser um dos motivos da retomada das críticas por parte de Bolsonaro.
Conforme apurado pela Folha Z com aliados do chefe do executivo goiano, independentemente do governador ser ou não o candidato da direita para o pleito, a união entre as principais lideranças direitistas é esperada para a disputa.
Nesse contexto, não é positivo para a ala que o governador de Goiás e presidente do União Brasil se torne alvo de Bolsonaro.
Nos bastidores, porém, diz-se que as falas de Bolsonaro não seriam um ataque planejado a Caiado, mas sim comentários que surgiram espontaneamente em meio a tentativas de enfraquecer Mabel, apoiado pelo governador, e provocar crescimento de Fred Rodrigues.
Caiado não comentou publicamente as declarações do ex-presidente, mas interlocutores do Palácio das Esmeraldas relataram que o governador se sentiu “desconfortável”.
Tentativas de aproximação
Desde a separação causada na pandemia, o governador ensaiou movimentos de aproximação com Bolsonaro.
Caiado, por exemplo, chegou a participar de evento na Avenida Paulista em defesa do ex-presidente, em fevereiro.
Apesar disso, ainda no início do ano, Bolsonaro chegou a vetar qualquer possibilidade de Caiado filiar-se ao PL e evita declarar apoio expresso ao projeto do governador goiano para a presidência.
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