Ronaldo Caiado deixou claro que sua atuação política vai além das fronteiras goianas.
Após vitória significativa nas eleições em Goiânia e Aparecida de Goiânia, o governador se apresenta como potencial nome na disputa presidencial de 2026.
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Em entrevista recente ao UOL, Caiado fez uma declaração contundente: quer ser candidato à presidência, com ou sem o apoio de Jair Bolsonaro.
Para ele, nunca foi dependente de nenhum outro político e, por isso, sua candidatura não seria afetada por questões de alianças.
Governador de Goiás quer quebrar polarização radical entre direita e esquerda
A postura de Caiado reflete um perfil de liderança mais independente, algo que ele próprio ressaltou em sua fala ao dizer que “não se comporta como vaquinha de presépio”.
Esse discurso é emblemático, sobretudo em um cenário nacional marcado por divisões extremas.
Acredita-se que o governador de Goiás, com décadas de experiência, deseja uma nova política, menos polarizada e voltada ao diálogo, uma posição que vem ao encontro de uma crescente insatisfação da população com a polarização radical entre direita e esquerda.
Outro ponto interessante é a crítica que Caiado faz ao atual quadro de alianças políticas, especialmente em relação ao ex-presidente Bolsonaro.
Durante a campanha, Bolsonaro apoiou abertamente candidatos em Goiânia e Aparecida, mas esses nomes foram derrotados.
Caiado critica o que ele vê como uma abordagem “simplista” dos aliados bolsonaristas, ao supor que apenas o número 22, associado a Bolsonaro, bastaria para garantir a vitória.
O próprio governador afirmou que a política exige responsabilidade na escolha de candidatos, e que é preciso apresentar nomes capazes de enfrentar os desafios das grandes cidades.
Goiânia, por exemplo, é um dos principais municípios do Centro-Oeste e demanda experiência administrativa, algo que Caiado acredita ter sido negligenciado pelo bolsonarismo.
Conquista pessoal de Caiado
A vitória de Sandro Mabel (União Brasil) em Goiânia e de Leandro Vilela (MDB) em Aparecida foram interpretadas como sucesso pessoal de Caiado.
Esses resultados consolidam seu poder regional e dão força à sua narrativa como alguém capaz de construir pontes, ganhar disputas e implementar governança que foge do radicalismo.
No entanto, seu apoio a nomes do centro e sua crítica a candidatos bolsonaristas podem dificultar alianças futuras com a direita extrema.
Caiado terá que navegar por essas águas com cuidado, especialmente se deseja unir forças para enfrentar nomes de peso na eleição de 2026.
A postura de Caiado abre margem para refletirmos sobre os rumos da direita no Brasil. Estará ela disposta a seguir uma liderança mais moderada e pragmática, como a que ele propõe?
O sucesso de Caiado nas eleições locais é indicativo de que os eleitores goianos, ao menos, valorizam essa postura.
Resta ver se o restante do país está pronto para o discurso conciliador que Caiado planeja levar à corrida presidencial.
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