As importantes vitórias de Ronaldo Caiado nas eleições municipais fortalecem seu projeto nacional para 2026.
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O governador sabia da importância de vencer em seu reduto eleitoral e investiu forte na campanha para poder garantir prefeituras importantes em Goiás, especialmente na Região Metropolitana de Goiânia.
Por aqui, o projeto de Caiado já está mais do que apresentado para suas bases políticas.
Apesar disso, no cenário nacional o governador goiano ainda precisa vencer alguns desafios, especialmente o de desconhecimento do eleitor fora da divisa.
A longo prazo, isso pode apresentar dificuldades para Caiado consolidar um projeto a nível nacional, mas não impede que o governador fique fora do jogo.
Ronaldo Caiado também desponta como forte nome para vice-presidente dos sonhos em composições como, por exemplo, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em uma eventual cisão entre Tarcísio e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o republicano vai precisar de líderes de centro-direita que fortaleçam um eventual projeto de olho no Palácio do Planalto.
Apesar de distante, não há nome mais interessante do que o de Caiado para fortalecer um projeto de direita.
Caiado distante de composição com Bolsonaro
Caiado já sinalizou que será candidato à presidência “com ou sem o apoio de Bolsonaro”.
A vitória nas urnas de Goiânia e Aparecida já demonstrou parte desta força: o caiadismo conseguiu 2 grandes vitórias contra candidatos apoiado por Bolsonaro.
O governador mostrou que é possível vencer tanto o PL quanto o PT (ainda que seu candidato tenha precisado de muito dos votos de Adriana Accorsi no 2º turno).
A disputa direta provocou um racha ainda mais intenso com o ex-presidente, que se dedicou a uma participação efetiva até mesmo no dia do pleito.
Caiado e Bolsonaro trocaram farpas durante os últimos dias de campanha e líderes bolsonaristas em Goiás têm dito aos 4 cantos que Caiado não será presidente.
O próprio Bolsonaro afirmou que “caiadismo só existe em Goiás”.
Ao que tudo indica, é um racha que pode não ser resolvido, pelo menos, até o 1º domingo de outubro de 2026, quando acontece o 1º turno das eleições presidenciais.
Tarcísio também teve vitória individual
Tarcísio, apesar de não ter rachado com Bolsonaro, foi o principal responsável pela vitória do prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
Foi ele que, quando pressionado pela ascensão do goiano Pablo Marçal (PRTB) no 1º turno, bancou o nome do emedebista e conseguiu êxito, assim como Caiado.
Após vencer, Tarcísio também traçou um novo rumo.
O republicano estava apalavrado com o PL para o período pós-eleições, mas já disse a interlocutores que não pretende se filiar ao partido do ex-presidente e deve permanecer no Republicanos pelo menos até 2026.
Se Tarcísio unir a Caiado, ou o governador do Paraná, Ratinho Jr (PSD), por exemplo, que também saiu vitorioso contra uma candidata bolsonarista, ou Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, o republicano sairá forte.
O mesmo vale para Caiado que tem uma única desvantagem nesta corrida.
Quando comparamos a composição da Câmara de Deputados, Goiás está atrás de Minas Gerais, Paraná e, principalmente, de São Paulo, o estado que tem mais deputados federais no Brasil: 70.
Goiás tem apenas 17.
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