Uma movimentação política inesperada colocou o vereador eleito major Vitor Hugo (PL), o mais votado em Goiânia nas eleições deste ano, no centro de uma crise dentro do Partido Liberal (PL).
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Segundo apurações da Folha Z, Vitor Hugo teria iniciado, de forma individual, uma articulação para aproximar o PL do projeto de Daniel Vilela (MDB) para as eleições de 2026, em que o atual vice-governador irá concorrer ao governo de Goiás.
O vice-presidente do PL em Goiás buscou alinhar lideranças nacionais do partido, incluindo Valdemar Costa Neto e o ex-presidente Jair Bolsonaro, à proposta de apoio a Daniel.
Contudo, a estratégia foi mal recebida pela cúpula estadual do PL, liderada pelo senador Wilder Morais e pelo deputado federal Gustavo Gayer, que teriam ficado irritados com a iniciativa não autorizada.
Repercussão interna
A insatisfação com major Vitor Hugo se tornou evidente na última 6ª feira (13), quando Bolsonaro esteve em Goiânia para tratamento médico.
O vereador eleito não foi convidado para um almoço reservado com membros e lideranças do PL, em um claro sinal de descontentamento e distanciamento.
Nos bastidores, o comportamento de Vitor Hugo gerou estranheza entre lideranças estaduais.
A articulação foi vista pela cúpula do PL em Goiás como uma tentativa de garantir apoio para seu retorno a um cargo em Brasília — seja na Câmara dos Deputados ou no Senado, em 2026.
Vitor Hugo já ocupou mandato de deputado federal e tem como meta, segundo auxiliares, voltar à bancada.
Reação do PL
A Folha Z apurou que o PL prepara uma nota oficial de repúdio às ações de major Vitor Hugo.
Segundo fontes do partido, lideranças colhem assinaturas para o documento, que deve ser divulgado ainda nesta semana.
A nota deve contar com o apoio dos vereadores eleitos de Goiânia — com exceção de Vitor Hugo —, como Oséias Varão, coronel Urzêda e Willian Veloso.
Também devem assinar o documento os deputados estaduais Paulo Cezar Martins, major Araújo e delegado Eduardo Prado, além do senador Wilder Morais e do deputado federal Gustavo Gayer.
Além da nota de repúdio, há também discussões dentro do partido sobre a possibilidade de expulsão de Vitor Hugo.
Para os líderes do PL, a articulação individual foi uma afronta à unidade partidária e aos objetivos traçados para as próximas eleições.
O futuro político de Vitor Hugo
A crise gerada pela iniciativa de Vitor Hugo coloca em risco sua permanência no partido e pode comprometer suas aspirações futuras.
Resta saber se o vereador eleito conseguirá contornar o descontentamento interno ou se sua movimentação política acabará por isolá-lo dentro do PL.
Enquanto isso, o partido trabalha para reforçar a coesão entre seus membros, afastando qualquer possibilidade de apoio a candidaturas fora do espectro alinhado às lideranças nacionais do PL.
A reportagem tentou contato com Vitor Hugo ao longo da tarde, mas não obteve respostas até o fechamento do material.
O espaço segue aberto para posicionamento.
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