A deputada federal Adriana Accorsi é, hoje, o principal nome da esquerda em Goiás.
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No entanto, PT enfrenta dificuldades para se posicionar no cenário político estadual de 2026, especialmente em um estado majoritariamente conservador.
Para fortalecer o projeto de reeleição do presidente Lula, o PT precisa lançar candidatura competitiva ao governo estadual.
O problema é encontrar um nome viável para a disputa.
Adriana Accorsi surge como a opção mais forte dentro do partido, mas o desafio é grande.
Goiás tem um eleitorado predominantemente alinhado à direita, o que reduz consideravelmente as chances de sucesso de candidatura petista ao Palácio das Esmeraldas.
Além disso, a própria deputada não parece disposta a correr esse risco.
Site coirmão Mais Goiás
Em pesquisa recente sobre a corrida ao governo estadual, realizada pelo site coirmão Mais Goiás, seu nome apareceu entre os cotados, mas Adriana negou interesse na disputa e reafirmou o foco na reeleição para a Câmara dos Deputados.
A decisão é pragmática: ela tem grandes chances de renovar seu mandato no Congresso, enquanto candidatura ao governo significaria embate difícil contra forças bolsonaristas consolidadas.
Dentro do PT, há entendimento de que lançar Adriana para o governo pode ser um erro estratégico, pois, em caso de derrota, a legenda perderia um de seus principais quadros no Congresso.
Diante disso, cresce a possibilidade de o partido apostar em um nome menos exposto, como um vereador ou outra liderança local, que, mesmo perdendo a eleição estadual, pudesse retornar ao seu cargo original sem prejuízo político.
Edward Madureira e Wolmir Amado
A dificuldade do PT em Goiás não é apenas de nomes, mas também de discurso.
O eleitorado goiano mostra pouco interesse em perfis tradicionais da esquerda, como Edward Madureira e Wolmir Amado, que não se encaixam no que o eleitor busca hoje.
A legenda precisa de candidato que compreenda as novas demandas do cenário estadual e consiga dialogar além da bolha progressista.
Daniel, Caiado, Marconi e Wilder
O cenário para 2026 deve ser dominado por nomes como Daniel Vilela (MDB), vice-governador e sucessor natural de Ronaldo Caiado; Marconi Perillo (PSDB), ex-governador e tradicional opositor de Caiado; e Wilder Morais (PL), senador e forte representante do bolsonarismo.
Todos eles possuem perfis de centro-direita ou direita, reforçando o isolamento da esquerda na disputa estadual.
Imagem do PT
Para Adriana Accorsi, o desafio é reestruturar a imagem do PT em um estado onde o partido sofre com forte rejeição.
Sua ideia de construir uma “frente ampla progressista e democrática” ainda carece de base sólida para se concretizar.
Enquanto a direita se fortalece com nomes bem posicionados, a esquerda segue sem uma alternativa consistente para enfrentar o domínio conservador em Goiás.
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