A Folha Z teve acesso a imagens do circuito interno da Câmara de Goiânia que registram o momento de um desentendimento entre auxiliares do vereador Sargento Novandir (MDB) e o procurador-geral da Casa, Kowalsky Ribeiro, na tarde da última 2ª feira (5).
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O episódio ocorreu no estacionamento da Câmara, onde, segundo as imagens, um veículo ocupado por Sérgio Dorneles, conhecido como “Serginho” e chefe de gabinete de Novandir, estava estacionado na vaga exclusiva da Procuradoria-Geral.
Por volta das 12h09, Kowalsky chega ao local e para seu carro atrás do Corolla que ocupava a vaga destinada ao procurador.
Minutos depois, Serginho aparece acompanhado do motorista.
Ambos se aproximam do veículo de Kowalsky, e uma conversa se inicia, durando cerca de 1 minuto.
Na sequência, o motorista puxa Serginho pelo braço e o conduz de volta ao Corolla.
Serginho então faz uma ligação telefônica.
Clima tenso na Câmara
Funcionários da Câmara, percebendo o clima tenso, saem de suas salas para observar o que estava acontecendo.
As imagens analisadas pela reportagem não permitem identificar Kowalsky apontando a arma para ninguém, ao contrário do que alegou a equipe de Novandir.
Um segundo vídeo, também obtido pela Folha Z, mostra o momento em que Kowalsky desce de seu carro, visivelmente irritado, e retira uma arma de fogo, colocando-a na cintura.
Nas imagens, ele é visto batendo duas vezes a mão sobre o local onde a arma foi guardada, mas sem sacá-la ou apontá-la para qualquer pessoa.
Investigação e bastidores do conflito
Segundo a defesa de Kowalsky, o atrito teria sido motivado por uma investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra uma Organização Social (OS), supostamente comandada por uma assessora indicada por Novandir.
O MP-GO solicitou informações à Câmara, e Kowalsky, como procurador-geral, encaminhou os dados via ofício jurídico.
A atitude, conforme afirma a defesa de Kowalsky, teria gerado insatisfação por parte do vereador, que, conforme apuração, esperava uma atuação mais defensiva da Procuradoria em relação ao caso.
Ainda de acordo com a defesa de Kowalsky, a equipe de Novandir tomou conhecimento do envio das informações cerca de 15 dias antes da discussão registrada em vídeo.
Por meio de sua assessoria, o sargento Novandir refutou a alegação feita por Kowalsky.
“Trata-se de uma denúncia infundada, uma tentativa de desviar o foco e se fazer de vítima. Estou muito tranquilo em relação a isso”, declarou.
Kowalsky “perseguições” e “coações”
No pedido judicial protocolado após o episódio, Kowalsky afirma estar sendo alvo de “perseguições” e “coações” desde o envio do ofício, e que estaria sendo vítima de uma “armação” com o objetivo de intimidação.
Por isso, o procurador alega ter solicitado medida protetiva contra o vereador e 2 assessores.
“Logo após a emissão do ofício, o querelante passou a ser perseguido e coagido pelos querelados”, afirma o documento protocolado por Kowalsky no Tribunal de Justiça de Goiás.
Queixa-crime
Apesar das imagens não confirmarem a alegada ameaça direta com arma de fogo, o caso culminou em queixa-crime por parte do procurador e segue sendo investigado.
A equipe de Novandir afirmou à Folha Z que buscará imagens de outros ângulos para comprovar a acusação de que Kowalsky, que estava em uma S10 preta, teria apontado a arma contra Sérgio Dorneles.
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