O valor médio do Bolsa Família pode chegar a R$ 701,01 em 2026, caso o governo decida aplicar um reajuste utilizando a sobra de recursos prevista no Orçamento do próximo ano.
O aumento possível de R$ 17,59 por família depende da manutenção da queda no número de beneficiários e de como o Executivo decidir aplicar os R$ 158,6 bilhões reservados para o programa, o que ocorreria em um ano eleitoral, quando o presidente Lula (PT) tentará a reeleição.
Atualmente, o benefício médio pago a 18,9 milhões de famílias é de R$ 683,42.
Mantido esse patamar, o custo total do programa em 2026 seria de R$ 154,6 bilhões, deixando cerca de R$ 4 bilhões disponíveis.
Essa diferença abre espaço para reajuste médio de R$ 17,59 já a partir de janeiro.
Se a base de beneficiários continuar caindo, o valor poderá aumentar ainda mais.
Uma redução de 1 milhão de famílias permitiria acréscimo de R$ 56,60 no benefício, enquanto a saída de 2 milhões elevaria o reajuste potencial para R$ 100,23 por mês.
Desde o início do atual governo, em janeiro de 2023, cerca de 2,7 milhões de pessoas deixaram o programa, sendo 1,9 milhão apenas em 2025, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social.
Apesar da margem orçamentária, a pasta afirma que não há decisão sobre o reajuste e que eventuais aumentos não serão automáticos.
Outra opção avaliada pelo governo é manter o valor atual e incluir novas famílias com a verba excedente.
Em outubro, havia 925 mil famílias pré-habilitadas aguardando entrada no programa.
O Bolsa Família, que custa atualmente R$ 12,9 bilhões por mês, continua sendo o principal programa de transferência de renda do país.
Em janeiro de 2022, antes das reformulações, o custo mensal era de R$ 3,7 bilhões, com benefício médio de R$ 191,77.




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