Não é de hoje que as mulheres estão em destaque na sociedade. É cada vez mais comum vermos mulheres exercendo profissões que, no passado, acreditava-se que apenas os homens tinham capacidade. Na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), pela primeira vez, quatro mulheres decidiram encarar um destes desafios. Deixaram de lado as vassouras para trabalharem nos caminhões como coletoras de lixo.
Flávia Alves Ferreira, 34 anos; Silvana Costa Reis, 32 anos; Paola Vicente, 37 anos; e Valdivina Maria da Cruz, 45 anos, são as pioneiras na capital. Animadas e ansiosas, elas passaram por um treinamento e já começaram o trabalho. As atividades serão realizadas em um dos mini-caminhões compactadores. Depois de adquirirem resistência e experiência, elas passarão a coletar nos caminhões maiores.
O serviço é pesado. Todos os dias as coletoras percorrerão cerca de 40 km e recolher dezenas de sacos de lixo com aproximadamente 5 kg cada um. Apesar do esforço físico elas garantem que dão conta do recado.
Oportunidade
Silvana Costa é funcionária da Comurg desde 2009. Foram anos trabalhando na varrição. Mas desde que foi aprovada no concurso público tinha um objetivo: fazer parte da equipe de coleta. Para ela, que é atleta e fisiculturista, a nova função é uma conquista. “É uma oportunidade de mostrar à sociedade que a mulher é capaz de desenvolver com excelência qualquer função”. Além do preparo físico, o trabalho exige preparo psicológico, o que ela garante ter de sobra.
Flávia Alves Ferreira também sonhava em trabalhar no caminhão de coleta, mas como motorista. Já Paola Vicente, que está na Companhia há um ano, vê o trabalho como oportunidade. Como toda mulher vaidosa, elas já se organizaram e planejaram o dia-a-dia antes de pegar no batente e garantem vai haver aquela arrumadinha na maquiagem, no cabelo… ‘e sem esquecer o filtro solar’, afirma a também coletora Valdivina Maria.
Presidente
Para o presidente da Comurg, Ormando José Pires Jr, esse é um processo natural. “Essa imagem de mulher submissa e obediente ficou para trás há muito tempo. A realidade hoje é outra. As mulheres são provedoras e mães de família. Estão cada vez mais independentes e é natural que ocupem o espaço que desejarem”, disse.
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