A palestra da delegada Paula Meotti foi aberta pelo diretor de desenvolvimento da UNIFAN, professor Divino Eterno de Paula que lembrou a abertura dada pela instituição ao debate na defesa do respeito a igualdade entre os gêneros
Professores e alunos da Faculdade Alfredo Nasser (UNIFAN) participaram ontem, 5, da celebração da Semana da Mulher, promovida pela Secretaria Municipal de Assistência Social de Aparecida de Goiânia. A programação foi marcada por uma palestra da titular da Delegacia Especial em Atendimento à Mulher, de Aparecida, Paula Meotti.
Ela falou sobre as conquistas trazidas pelas lutas femininas no mundo e suas repercussões no Brasil. Feminista convicta, a delegada explicou que a leitura atual do feminismo não é mais a de mulheres que querem medir forças com os homens, mas de procura por espaço de igualdade no respeito no mais amplo sentido da palavra: “não depilar debaixo do braço tem muito mais haver com a falta de higiene do que com a capacidade de reivindicar direito. Nossa luta é maior, buscamos respeito e esse inclui salários iguais para funções iguais, ocupação de espaço por competência e aceitação com as diferenças sem que haja discriminação. Gênero não mede a capacidade de ninguém. Homens e mulheres precisam se completar, mas é necessário o respeito recíproco”.
Muito já foi conquistado
Paula lembrou que há muito o que se comemorar em 8 de maio, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, pois muito já foi conquistado, mas não pode avaliar que está tudo bem, pois ainda há muito o que buscar para o universo feminino ser aceito como verdadeiramente precisa: “a escolha do dia 8 de maio pra a celebração do Dia Internacional da Mulher se deu pelo fato de que um grupo de trabalhadora norte americana, no século passado, ter lutado para reduzir a carga de trabalho de 14 para 10 horas, ou seja, cumprir a mesma jornada que o homem.
A fábrica onde elas se mantiveram no dia da luta, nos Estados Unidos, foi incendiada e elas morreram queimadas lá dentro. Pagaram com a vida, mas deixaram o legado. A coragem delas repercutiu em todo o mundo. Veja no Brasil, adquirimos o direito da educação semelhante à dada aos homens, o de votar e sermos votadas, o de ocupar espaços antes só ocupados pelos homens. Houve avanços e toda luta bem conduzida provoca avanços e por isso mesmo precisamos continuar lutando para sermos respeitadas como pessoas e aceitas com nossas diferenças, sem que elas sejam motivos para discriminação”.
Paula Meotti lembrou que a atual Constituição Brasileira avançou muito ao determinar que no Brasil não há diferença entre os seres pelo gênero e esse avanço deu ao País a condição de elaborar e editar a Lei Maria da Penha, que pune com rigor toda agressão contra a mulher.
Conclamou as mulheres para não deixar a motivação pela luta diminuir e procurar cultivar o interesse na vida política não apenas cumprindo a obrigação de votar, mas entendendo o processo para participar com capacidade: “é na política que se define os caminhos. Nada acontece na educação, segurança pública, infraestrutura, saúde, ou assistência social que não esteja ligado à política. Como maioria da população nós mulheres precisamos entender, para reivindicar com sabedoria. Ser feminista não é mais estabelecer uma guerra dos sexos, mas buscar melhor qualidade de vida para as mães, as esposas, as filhas, as trabalhadoras, as estudantes, as moradoras de rua, enfim para todas as mulheres”.
Professor Divino
A palestra da delegada Paula Meotti foi aberta pelo diretor de desenvolvimento da UNIFAN, professor Divino Eterno de Paula que lembrou a abertura dada pela instituição ao debate na defesa do respeito a igualdade entre os gêneros, entendendo que esse debate é o caminho no combate a violência contra a mulher, mas também auxilia a nação na conquista de uma sociedade harmônica onde o respeito a competência esteja acima das convenções ultrapassadas.
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