O senador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou, em artigo publicado no jornal O Popular, que o governador Marconi Perillo (PSDB) agiu com irresponsabilidade calculada ao insistir na manutenção do Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual (Simve), mesmo após todos os alertas do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e da Justiça sobre a ilegalidade.
Há poucos dias o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a inconstitucionalidade e determinou que os 2,4 mil policiais temporários fossem retirados das ruas imediatamente. “É um exercício diário de dissimulação o que o governo estadual vem fazendo para justificar medidas inconstitucionais e institucionalmente irresponsáveis que atentam contra a segurança pública do Estado”, resumiu o senador.
Despreparo para conter a criminalidade
Segundo o democrata, mesmo ciente de que o Simve seria declarado inconstitucional, o governador não se preparou para repor novos policiais e conter a crescente onda de criminalidade. “Mesmo diante de todos os alertas do Ministério Público e da Justiça, não buscou o governador em momento algum soluções para suprir a emergência de 2,4 mil policiais que fatalmente teríamos a menos nas ruas após o julgamento”, esbravejou Caiado.
Na avaliação do senador, o governo utiliza-se da lentidão da Justiça para editar normas inconstitucionais. “O governo pode alegar inúmeras razões para tentar esconder o total descaso com que trata a segurança pública, mas nada justifica sua irresponsabilidade calculada. Ideias estapafúrdias como esta só se explicam pelo desespero recorrente de tentar angariar votos no tapetão. Neste ritmo, o governo, que tanto gosta de propaganda, já pode adotar um mote: o governo da ilegalidade”, finalizou.
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