Prefeitão. É assim que o comando político do Paço Municipal quer que o prefeito Paulo Garcia seja chamado ou conhecido pela população goianiense. Paulo já foi deputado estadual e era o vice-prefeito, mas sempre teve como característica a discrição. Assumiu o governo municipal, mas acabou tendo sua imagem abafada pela onipresença de Iris Rezende, mesmo estando fora da prefeitura e da mídia.
Mas Iris Rezende foi vereador, deputado estadual, prefeito, governador, ministro, senador, enfim, ocupou vários cargos públicos e soube utilizar muito bem os espaços da mídia em todos esses anos, o que lhe garante hoje ótima visibilidade e presença forte na mente das pessoas. Iris deixou a prefeitura de Goiânia em abril do ano passado e, um ano depois, muita gente ainda acha que ele permanece na prefeitura, mesmo depois de ter disputado e perdido a eleição para governador no ano passado.
Luz própria
O nome Iris Rezende virou uma marca valiosa e poderosa, suplantando o de adversários e aliados. E foi o que aconteceu com Paulo Garcia. Mas ao iniciar uma nova etapa em sua administração, quando começou com os mutirões e passou a lançar e inaugurar obras, o núcleo político do Paço Municipal, orientado pelos marqueteiros, resolveu desligar a imagem de Paulo Garcia à de Iris Rezende e dar-lhe luz própria.
Mas como fazer isso? Para marcar a presença de Paulo Garcia como prefeito, fortalecer sua imagem junto ao goianiense e trabalhar seu nome já visando às eleições municipais do ano que vem, quando deverá concorrer à reeleição, o núcleo inteligente do Paço Municipal procurou algo que pudesse dar um perfil próprio ao prefeito, distanciando a sua imagem à dos outros.
Iris Rezende é um tocador de obras, um madrugador. Adjetivos assim marcaram a carreira do peemedebista e viraram marcas registradas dele. Assim, esse núcleo de inteligência tratou de arranjar um adjetivo que caracteriza bem o perfil político-administrativo de Paulo Garcia. Ele é bem articulado, simples, trabalhador, honesto, competente, inteligente, tem bom coração. Bem, todos esses são adjetivos positivos, mas teria que juntar tudo isso numa coisa só para dar o resultado esperado. Bem, olhando para Paulo Garcia, um homem alto, mede 1,87 metros e pesa cerca de 100 quilos, a imagem que se tem é de um homem grande fisicamente.
Juntando seu perfil político-administrativo com o perfil físico, misturando tudo e apurando o de melhor, surgiu a ideia de chamá-lo de prefeitão. Esse adjetivo é bom e, no caso, prefeitão nos remete àquele homem grande em todos os sentidos. É grande administrador, é bom para o povo. Ou seja, prefeitão reúne várias grandes qualidades num só homem. E a ideia é boa já que Goiânia nunca teve um prefeitão.
Djalma Araújo
Essa ideia de chamá-lo assim já está sendo esparramada pela cidade. Em 28 de maio, durante solenidade de lançamento de asfalto e outras obras no Jardim Cerrado, diante de centenas de moradores do bairro, o vereador Djalma Araújo (PT), líder do prefeito na Câmara, chamou Paulo Garcia de prefeitão, alegando que ele não queria ser chamado por aquele “apelido”.
É aquela velha história. Quando um apelido é lançado e a pessoa não gosta aí ele pega mesmo. Djalma foi seguido por vários oradores que se referiram a Paulo Garcia como prefeitão. E não tenham dúvidas de que ele saiu de lá como prefeitão mesmo para aquele povo. E por aí vai. Daqui e dali Paulo Garcia vai virando o prefeitão, uma característica própria que pode lançá-lo ao estrelato político. E isso é bom, muito bom para ele.
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