Sem resposta do poder público, quem mora próximo à via convive diariamente com doença, sujeira e criminalidade
Percorrendo trecho entre as pontes das Avenidas T-63 e T-9, ao longo do Córrego Cascavel, a reportagem do Folha Z encontrou uma situação de abandono. Entulho e lixo diverso enfileiram-se por toda a extensão do percurso. O mato chega a mais de dois metros de altura e pneus, móveis e outros depósitos irregulares de lixo formam gigantesco criador do mosquito da dengue.
No local, em menos de meia hora a equipe de reportagem presenciou flagrante de crime ambiental. Uma empresa de construção planejava descartar entulho na margem do córrego. A presença da equipe coibiu a ação, mas causou a ira dos funcionários, que, pegos em flagrante, tentaram agredir os jornalistas.
Com o auxílio da rápida chegada da Polícia Militar, a matéria foi realizada. Infelizmente, o flagrante não é um relato isolado, mas uma frequente na região. Morador do Jardim América, Glauco Júnior denuncia que caminhões carregando descarte da construção civil despejam lixo diariamente na via.
Marginal
Sem conclusão há mais de 20 anos, a Marginal é uma constante dor de cabeça para os moradores da região. O que sobrou da obra foi uma viela cujos bloqueios nos acessos são constantemente destruídos para facilitar o despejo de lixo e servir abrigo para criminosos.
Durante a execução da reportagem, encontramos inclusive a bolsa de uma estudante universitária, cujos materiais foram despejados à beira da via, provavelmente após assalto e a retirada dos bens valiosos. Contatamos a moça e, apesar de abalada, ao menos recuperou seus cadernos, estojo e cartão de ônibus.
Entramos em contato com a assessoria de comunicação da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), mas não obtivemos resposta quanto aos procedimentos adotados pela companhia para promover a limpeza do local.
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