O presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, que está em São Paulo e de lá tomou conhecimento da operação Compadrio, deflagrada na manhã desta terça-feira (11), afirmou que está tranquilo.
Rincón negou que haja qualquer favorecimento as empresas contratadas pela Agetop e defendeu o diretor de obras da agência, José Marcos de Freitas Musse, preso nesta manhã.
Sobre a enxurrada de ataques que sofreu nas redes sociais por adversários políticos, após a divulgação da operação, que apreendeu documentos na Agetop, Jayme, que é pré-candidato à prefeitura de Goiânia, se mostrou tranquilo mais uma vez. Ele também afirmou que Musse não tem nenhuma ligação política.
Juntamente com o diretor da Agetop, o ex-deputado Tiãozinho Costa também foi detido na operação.
Desvio de dinheiro
A investigação foi iniciada em 2013 e apura a prática de crimes contra a Administração Pública, realizada por uma organização criminosa instalada em órgãos públicos do Estado de Goiás.
Este grupo supostamente valeu-se de funcionários fantasmas e de empresas laranjas para instrumentalizar desvios de dinheiro público. Investiga-se, ainda, práticas criminosas consistentes no favorecimento em licitações públicas, lavagem de dinheiro e retirada fraudulenta de restrições bancárias, cartorárias e no cadastro de proteção ao crédito, todos eles contando com a colaboração e participação de funcionários públicos.
Em cumprimento aos mandados expedidos pela Juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal da Comarca de Goiânia, a Operação Compadrio mobilizou 36 promotores de Justiça e cerca de 150 policiais militares que cumpriram dois mandados de prisão preventiva; sete mandados de prisão temporária; 21 mandados de condução coercitiva e 37 mandados de busca e apreensão, distribuídos pelos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Morrinhos, Araçu, Uruana e São Miguel do Araguaia.
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