Presidente do PSDB metropolitano Rafael Lousa fala sobre o planejamento para a campanha eleitoral de 2016, garante que o delegado Waldir não terá candidatura dificultada e afirma que Iris quer descolar sua imagem de Paulo Garcia
Integrante da nova geração do PSDB e presidente metropolitano do partido, Rafael Lousa revelou ao Folha Z a lista dos oito nomes tucanos que estão na disputa pela candidatura ao executivo municipal em 2016: deputados federais, João Campos, Waldir Soares e Fábio Sousa, deputados estaduais José Vitti, Mané de Oliveira e os vereadores Anselmo Pereira e Dra. Cristina, além do presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) Jayme Rincón.
Questionado sobre o que pode fazer enquanto presidente metropolitano, o empresário, advogado e atual presidente da Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg) disse que terá a oportunidade de participar ativamente do processo de planejamento do partido para o âmbito municipal. “Estamos analisando as demandas da capital, levando em consideração as situações específicas de cada região, para construir um plano de gestão visando as futuras gerações, e não as próximas eleições”, disse.
Base
Para Rafael Lousa, o momento é de aglutinação das siglas que compõem a base do governo estadual. Ele considera a união como o fator que deu a vitória ao último prefeito goianiense do partido, Nion Albernaz, e também a chave para 2016.
Segundo o empresário de 37 anos, todas as candidaturas apresentadas ao partido serão levadas em consideração, inclusive as de membros de outras siglas que pertencem à base do governo estadual. Porém, assim como destacou o governador Marconi Perillo em diversas oportunidades, Lousa defende arduamente que o nome lançado à prefeitura de Goiânia deva ser tucano.
O próprio presidente não arrisca um candidato da sua preferência, afirmando ter o papel de apenas mediar o processo de escolha do nome ideal, que, segundo Lousa, será aquele com maior capacidade de aglutinar os partidos da base estadual, competência para defender o projeto político do grupo e densidade eleitoral. Além disso, garantiu que Waldir Soares, por exemplo, não terá a candidatura dificultada por causa da posição mais rebelde em relação ao governador. “Não há espaço para sonhos individuais, mas sim para alçar o PSDB ao governo municipal”, afirmou.
Iris e oposição
Perguntado se existe temor do partido tucano em relação à candidatura de Iris Rezende (PMDB), Rafael foi enfático: “Não tememos ninguém. Respeitamos Iris, ele já deu sua contribuição, mas todos sabemos que seu verdadeiro objetivo é ser novamente governador”, afirmou.
Outra possível adversária é a deputada estadual Adriana Accorsi (PT), que aparece como um dos nomes petistas com mais popularidade em Goiânia. Para Rafael Lousa, Accorsi também merece respeito por causa de sua atuação, mas acredita que o PSDB não deve se preocupar com adversários, e sim com a elaboração de um plano de gestão eficiente para a capital de Goiás.
Analisando o provável rompimento entre PMDB e PT nacionalmente, Rafael considera que o mesmo processo de disputa por espaço se desenvolve em Goiânia. Para ele, o desgaste da gestão petista afasta cada vez mais os apoiadores, tanto no âmbito nacional (com o exemplo de Eduardo Cunha e Renan Calheiros distantes de Dilma), quanto no cenário regional, em que Iris Rezende quer descolar sua imagem de Paulo Garcia.
Discussão sobre isso post