No fim de um dia particularmente pródigo em rumores, no qual foi dado como certa a sua posição de demissionário, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falou na noite desta quinta-feira (17).
Sem esconder o cansaço, o ministro admitiu estar deixando o governo Dilma Rousseff, embora tenha evitado fazer a afirmação com todas as letras.
Referiu-se, durante todo o tempo da entrevista, como se já estivesse fora. “O governo só fala do fiscal. Por quê? Eu não sei. Nunca entendi. Parece que tem medo de reforma, não quer nenhuma reforma”, protestou.
Em menos de meia hora ele discorreu sobre o que considerou seus maiores avanços, como a retomada da credibilidade econômica. Disse ter conseguido evitar mais “pedaladas” e brincou, dizendo que agora o seu caminho “é de paz interior”.
Por diversas vezes Levy referiu-se ao “final do ano legislativo”, como se isso marcasse o fim de sua missão no governo. E sobre a dificuldade de Dilma encontrar um nome para substituí-lo, foi sucinto. “Sempre se encontra um sucessor.”
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