A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da primeira vacina contra a dengue no Brasil. A Sanofi Pasteur, companhia farmacêutica responsável pela produção da Dengxavia, confirmou a informação nesta segunda (28).
Inicialmente, o medicamento será disponibilizado para a rede particular de laboratórios. Definido o preço, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS vai avaliar se vale a pena incorporar o produto ao sistema público de imunizações. O governo vai avaliar custo, efetividade e impactos epidemiológico e orçamentário da incorporação da vacina ao Sistema Único de Saúde.
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A vacina é indicada para pessoas entre 9 e 45 anos e protege contra os quatro tipos do vírus da dengue. A promessa do fabricante é de proteção de 93% contra casos graves da doença, redução de 80% das internações e eficácia global de 66% contra todos os tipos do vírus. O medicamento deve começar a ser vendido no país no primeiro semestre de 2016 e a capacidade de produção do laboratório é de 100 milhões de doses por ano.
O diretor de ensaios clínicos do Instituto Butantã, Alexander Precioso, explica porque a vacina não foi testada na faixa etária acima de 60 anos: “Toda vez que você registra uma vacina, se ela é preventiva, você habitualmente trabalha com populações saudáveis. Posteriormente ao registro, você começa a fazer estudos em populações específicas, para ver como ela atua em diabéticos, hipertensos. Os idosos são uma dessas populações que só poderiam ser vacinadas posteriormente”.
O Brasil é o terceiro país a autorizar a distribuição da vacina. Ainda neste mês, México e Filipinas foram os primeiros.
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