O nome do governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) apareceu em documentos da Operação Lava Jato, divulgados nessa terça-feira (22) pelo juiz Sérgio Moro.
Em uma das planilhas do presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior, apreendidas pela Polícia Federal, há menção de um pagamento de R$ 200 mil a Perillo.
As tabelas citam doações para as campanhas eleitorais de 2010, 2012 e 2014 de mais de 200 políticos e 18 partidos. A quantia paga a Marconi Perillo seria referente à campanha de 2010, ano em que Marconi derrotou Iris Rezende (PMDB) no segundo turno.
O Folha Z entrou em contato com a assessoria do governador Marconi Perillo, que afirmou ainda não ter posicionamento sobre o assunto.
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Demóstenes
Na mesma página dos documentos aparece o nome de Demóstenes Torres, que teria recebido R$ 1 milhão e 200 mil na campanha em que foi reeleito ao Senado.
De acordo com postagem do jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, o prefeito de Goiânia Paulo Garcia (PT) também estaria entre os nomes relacionados.
A assessoria do prefeito afirmou que as doações foram repassadas ao Partido dos Trabalhadores e não foram classificadas como ilegais pela Polícia Federal até o momento.
Acarajé
Os documentos foram apreendidas na 23ª fase da Lava Jato, batizada de “Acarajé” e realizada no dia 22 de fevereiro. Depois de divulgar para a imprensa todos os documentos, o juiz Sérgio Moro os colocou novamente sob sigilo e intimou o Ministério Público Federal a se manifestar “com urgência” sobre o envio do documento ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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