Vender parece muito simples e há uma grande massa que ainda pensa que para vender basta saber falar bem e muito. Porém, muita coisa muda a todo o momento e hoje já está mais que provado que para vender é preciso conhecimento e aprimoramento constante, porque vender nos dias de hoje não é ação para amadores.
“As tecnologias do mundo moderno e o comodismo fizeram com que os vendedores deixassem a leitura de livros sobre técnicas de venda de lado, isso resultou em profissionais despreparados”, afirma o ex-diretor comercial do Folha Z, Rafael Tiossi. Para ele, o indivíduo que trabalha com venda “precisa absorver conhecimento a todo o momento”.
Fábio Lemos, consultor especialista em vendas há 20 anos, concorda com o pensamento de Rafael. “Conhecimento em qualquer profissão é de extrema importância. Vendedor tem que ler muito. Tem que ler livros sobre técnicas de vendas todos os dias antes de sair para trabalhar”, enfatiza Lemos.
Vender não é dom
Fim do ano está aí, as empresas se preparam para fechar para balanço, fazem liquidações e queima de estoque e é aí que a coisa aperta para o vendedor. São metas que precisam ser cumpridas, correria total. Chefe acelerando para atingir o resultado. É preciso vender: e agora? Com uma realidade dura, muitos acreditam que saber vender é para quem tem dom, mas para Fábio Lemos e Rafael Tiossi essa teoria não procede. “Vender não é dom. A gente pode dizer que determinada pessoa tem talento para tal profissão, mas o que leva essa pessoa ao sucesso é o treinamento e a busca pelo saber. Unindo esses dois critérios ela consegue alcançar a excelência”, declara Tiossi.
Lemos destaca que a leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que dinamizamos o raciocínio e a interpretação. Durante a leitura descobre-se um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas. “Profissional de venda tem que abrir mão do passado e se adaptar ao presente. Vendedor tem que sair para rua motivado. Economizar nas palavras, falar menos e ouvir mais os clientes”, enfatiza.
Treinamento
Existe uma mistificação, por parte da maioria dos empresários, principalmente os pequenos, em cima do processo de vendas. Eles acreditam que seus funcionários não precisam de treinamento. “Alguns pensam que são os donos da verdade. Para estes, qualificar os funcionários é visto como custo e não investimento”, destaca Lemos.
Nos últimos anos, as coisas se modernizaram rapidamente e as informações ficaram muito mais acessíveis. O que acontece do outro lado do mundo, quase que imediatamente se sabe aqui. No setor empresarial não é diferente. As empresas têm que estar atentas ao que acontece ao seu redor e preparadas para qualquer situação.
Atualmente, a maior parte dos trabalhadores do comércio já concluíram o ensino médio e estão cursando ou concluíram um curso universitário. Apesar disso, grande parte dos funcionários não estão preparados para atender o consumidor. “As práticas comerciais devem vir acompanhadas de treinamento. O empresário que não investe em treinamento para seus funcionários fica cada vez mais distante de um empreendimento lucrativo”, assegura Tiossi, destacando que atender corretamente faz com que a empresa aumente a lucratividade e corra menos risco de ser demandada judicialmente e de pagar indenizações.
“É engraçado, mas tem vendedor que consegue deixar o cliente confuso, por fim ele não consegue fechar a venda. Treinar o funcionário não deve ser considerado gasto e sim a certeza de que ele estará mais habilitado para trabalhar na sua empresa que o funcionário do seu concorrente”, garante Lemos.
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