De acordo com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o jovem de 16 anos, branco e de classe média, que tinha interesse em praticar ataques contra escolas em Goiás confirmou que é fã de Hitler e do nazismo e fazia parte de grupos na internet dos chamados “school shooters”, os atiradores de escolas.
Em conversas identificadas no celular do jovem, ele mostra admiração por 2 massacres realizados em instituições de ensino no Brasil, em Realengo (RJ) e Suzano (SP).
Em outro registro de conversa, em abril, ele teria dito que estava pronto para realizar um ataque, já que teria facilidade em conseguir armas e munições.
Apesar das intenções do rapaz, não foi identificado se ele tinha algum ataque planejado com data ou escola-alvo.
De acordo Marcela Orçai, titular da DPCA, o adolescente não teve medo de confessar que é racista e que se considera nazista.
O menor foi apreendido em sua casa, com sua família presente.
Apesar de pessoas terem dito à polícia que o jovem teria déficit de atenção, por enquanto ele é tratado como um adolescente normal, já estava matriculado em série normal para sua idade e não possuía acompanhamento especial.
Foi registrado Boletim de Ocorrência Circunstanciado por ato infracional análogo ao crime de racismo, tendo em vista que o Artigo 20, da Lei do racismo prevê a divulgação de nazismo, assim como praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional é crime.
“Agimos como prevenção. Existia a possibilidade dele praticar os atos? Existia. Então podemos dizer que nós prevenimos um ataque. Não se trata de um menor que aleatoriamente conversava na internet e admirava Hitler. Estamos falando de um menor que tinha acesso a material bélico e que falava em atacar escolas”, afirmou a delegada.
Agora a perícia deve apurar para entender quais as reais intenções do jovem.
A operação foi realizada pela DPCA de Goiânia com apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Seopi).
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