O soldado da Polícia Militar Hélio Bezerra de Souza, que foi baleado durante uma confusão por causa do som alto em Itacaiú, continua internado no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. A briga terminou com a morte do policial militar Uires da Silva e do próprio atirador.
Hélio foi ferido no abdômen. De acordo com o boletim médico divulgado pelo Hugol nesta terça-feira (12), o policial continua internado na clínica cirúrgica. O estado de Hélio é estável. O policial passou por uma operação e não há previsão de alta.
A briga aconteceu na noite da última sexta-feira (8). Um vídeo registrou a confusão. Os dois policiais tentavam prender Brunno Vieira de Sousa, de 29 anos, que não respeitou a ordem de abaixar o volume do som e resistiu à prisão. Na confusão, o pai de Brunno, Ismael Pereira, roubou a arma de Uires e o matou.
Ismael também feriu Hélio, que reagiu e matou o agressor. Além do policial militar, Brunno e mais outra pessoa que estava por ali ficaram feridos. A filha de Hélio afirmou que o pai está muito triste pela perda do colega de profissão, com quem trabalhava há cinco anos.
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Ficha impecável
“Ele está muito abalado com isso, se sentindo impotente e até mesmo culpado por não ter conseguido salvar o amigo, mas a gente viu no vídeo que o policial foi pego totalmente de surpresa, em um ato de covardia”, disse. A filha de Hélio afirmou que Uires era um profissional exemplar. “Ele era um policial excepcional. A ficha dele era impecável. É lamentável que em uma ocorrência por um motivo tão banal a gente tenha perdido um policial, um amigo, um colega tão querido”, lamentou.
Maria Rodrigues da Silva, mãe do policial morto durante a confusão, disse que o ato de Ismael foi covardia. “Matar uma pessoa por causa de abaixar o som, eu acho que foi uma grande covardia. Eu precisava muito do meu filho, era uma pessoa que estava sempre do meu lado. Era uma pessoa muito importante para mim”, esclareceu.
“O cara que atirou pelas costas dele foi covarde, muito covarde. Não podia ter feito isso. Ele só ia prender o rapaz, ia fazer o serviço dele. Era a única coisa que ele ia fazer”, disse o filho do policial militar. Ele afirma que Ismael agiu com grande frieza diante da situação.
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