Vice-governador e secretário de Segurança Pública nas horas vagas e boas, José Eliton (ou Wellington, como queiram) comandou na tarde de ontem, 26, pela enésima vez, coletiva de imprensa para comemorar a prisão de uma quadrilha responsável por explosões de caixas eletrônicos.
Nada mais justo, afinal a Polícia Civil voltou a trabalhar com agilidade e perspicácia. Entre os presentes, a pergunta era uma só: “O secretário teria a mesma desenvoltura para debater questões salariais com o sindicato da categoria no dia seguinte?”
Pior salário do país
Resposta geral: “Claro que não”. E assim aconteceu. José Eliton seguiu hoje para uma série de encontros políticos no Nordeste goiano, sua base eleitoral, enquanto o Sinpol realizava manifestação na Praça Cívica e ruas adjacentes. A pauta, como de costume, foi a realização de concurso público com salário de R$ 1,5 mil para a categoria (R$ 1,2 mil líquido) – a pior remuneração do país. O assunto é tão constrangedor para a base governista que até mesmo o lançamento do edital foi adiado. Nessa hora o famoso Zé “Tolerância” não sorri e nem pede a palavra. Fica mudo e some de Goiânia pra não ser incomodado.
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Realidade da segurança
E por falar em incômodo, faltou à direção do sindicato dos policiais civis a iniciativa de estender o protesto até a Cidade de Goiás, sede oficial do Governo do Estado por três dias. Não se sabe por qual motivo, o Sinpol deixou de mostrar sua indignação ao ministro da Justiça e outros governadores, convidados de honra do tucano Marconi Perillo. Era uma oportunidade de ouro para escancarar a verdadeira face da segurança pública em Goiás.
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