A jornalista Patrícia Lelis, 22 anos, foi indiciada por calúnia nesta quarta-feira (10) após denunciar por assédio sexual o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), além do chefe de gabinete do parlamentar, Talma Bauer, por dizer que ele estava tentando acobertar o caso.
Um vídeo sob análise da Polícia Civil (PC) de São Paulo, onde a denúncia contra Bauer foi registrada, mostra os dois conversando sobre um pagamento de R$ 50 mil à jovem. Ela acusa Bauer de tê-la mantido em cárcere privado e de forçá-la a gravar vídeos negando que Feliciano tenha tentado violentá-la.
Extorsão
Na interpretação da polícia, partiu da estudante pedir o dinheiro. “Tem interesse dos dois, mas na gravação ela pede dinheiro”, afirmou o delegado Luís Roberto Hellmeister, do 3º Distrito Policial (DP), em Campos Elíseos. No diálogo, Bauer diz ter entregue R$ 50 mil a Artur Mangabeira, que seria namorado de uma amiga que Lélis conheceu pela internet. Mangabeira teria dito ser agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
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Além de assédio sexual, Lélis acusa Feliciano de agressão e diz que o presidente do Partido Social Cristão (PSC), Pastor Everaldo, ofereceu dinheiro para que ela não fizesse denúncias contra o deputado.
O advogado de Patrícia Lélis, José Carlos Carvalho, afirmou que a jovem não recebeu valores de Bauer e que os vídeos em que nega os crimes de Feliciano foram gravados sob ameaça e em cárcere privado.
Acusação
Na última segunda-feira, Lélis esteve na Procuradoria Especial da Mulher no Senado para fazer denúncias de abuso sexual contra o deputado. O parlamentar nega as acusações.
Feliciano, inclusive, publicou um vídeo em seu Facebook no fim de semana em que nega as acusações. Ao lado da esposa Edileusa, e com a voz embargada, ele afirma que a denúncia de assédio sexual é “uma grande farsa”. Bauer também nega o crime.
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