Dono da construtora Delta Engenharia, o empresário Fernando Cavendish pode fechar acordo de delação premiada e revelar pagamentos de propinas a políticos do PMDB e do PSDB envolvidos em obras nos governos de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.
Em um dos anexos da proposta, supostos desvios praticados em Goiás são citados. De acordo com o delator, a construtora firmou contratos com o governo do tucano Marconi Perillo e municípios do Estado que somam ao menos R$ 276 milhões. Além dos goianos, Cavendish mencionou o senador Aloysio Nunes (PSDB) e o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB).
Por meio de nota, o governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) afirmou que “as informações apresentadas não têm a menor procedência” e que, “conforme pode ser comprovado nas prestações de contas de 2010, aprovadas pela Justiça Eleitoral, a Delta não fez doações para a campanha do então senador Marconi Perillo”.
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Colaboração
O acordo de delação premiada é costurado por meio da Operação Saqueador, da qual Cavendish foi alvo em junho deste ano. Ele teve prisão decretada em 30 de junho pela Justiça Federal do Rio e uma prisão temporária chegou a ser transformada em domiciliar, o que logo foi contornado. Mas em agosto o empresário, por decisão do Superior Tribunal de Justiça, voltou para a prisão domiciliar.
Cavendish, o operador Adir Assad e o empresário Carlos Augusto Ramos “Cachoeira” foram denunciados na Operação Saqueador por envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro de cerca de R$ 370 milhões. Antes disso, eles já haviam sido citados na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal de Goiás.
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