Em entrevista reveladora concedida ao Folha Z, o empresário Professor Alcides Ribeiro Filho abriu o jogo sobre o que ocorreu durante as eleições para a Prefeitura de Aparecida de Goiânia e comentou sobre a ausência da cúpula do PSDB goiano na sua campanha.
“Na realidade, não houve participação da cúpula tucana na nossa campanha. O governador me disse que não entraria [na campanha] devido à candidatura do Marlúcio, que é deputado da base. Só se fosse para o segundo turno, ele apoiaria qualquer um dos dois que passasse”, contou Alcides.
Para o Professor, a orientação do governador Marconi Perillo (PSDB) foi seguida por todo o “tucanato”. “Apenas o vice-governador José Eliton (PSDB) veio aqui uma vez de forma bem rápida e o secretário de governo, vereador Tayrone di Martino (PSDB), veio em uma caminhada nossa”, disse.
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Segundo ele, não houve participação de mais ninguém do governo e, dessa forma, sua campanha foi feita somente com aliados de Aparecida e com seus próprios recursos.
Perguntado se teria se sentido desprestigiado pelo PSDB estadual, Alcides negou. Mas afirmou acreditar que, caso tivesse havido participação mais ativa do governo no processo, possivelmente o resultado teria sido melhor. “Não me sinto desprestigiado. Não vou ficar aqui reclamando do leite derramado. Eu penso diferente, mas respeito”, comentou.
Governo
O Folha Z entrou em contato com o Gabinete de Imprensa do Governo de Goiás e a assessoria afirmou que não comenta assuntos relacionados à campanha.
Traição
Para Alcides Ribeiro, a grande lição que ficou desta campanha foi aprender a não confiar cegamente. Segundo ele, houve muita decepção com pessoas que prometeram apoio e não cumpriram.
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“Acredito que muita gente me traiu. Traição de forma maciça. Porque tínhamos uma recepção muito grande, ninguém conseguia levar tanta gente pra rua como eu levava. Minhas caminhadas tiveram todas mais do que cinco mil pessoas. Tínhamos muita gente que dizia estar conosco, inclusive recebendo salário, mas na realidade não estava, só fazia de conta”, disse.
Para ele, a lição fica para o seu possível futuro na política. “Se por acaso ainda disputar outra eleição executiva, o que é difícil, essa é uma das coisas com as quais vou lidar de maneira diferente, bem profissional”, finalizou.
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