A menor de 13 anos que foi apreendida suspeita de matar um comerciante na manhã da última quarta-feira, 21, passou por audiência no Ministério Público Estadual em Rio Verde, no sudoeste do Estado.
Em depoimento, a garota reiterou que agiu em legítima defesa, pois o homem havia tentado estuprá-la dentro do estabelecimento. A promotoria analisa se pedirá a internação da menor.
“Vou analisar se vou representá-la ou não. Representando, vai ao Judiciário e o Judiciário decide se acata a minha representação e acata a internação provisória dela”, explicou o promotor de Justiça Lúcio Cândido.
Relembre o caso
O crime aconteceu na manhã desta quarta-feia, 21, em uma distribuidora de bebidas na cidade. Segundo o delegado Maurício Antônio Oliveira Santana, responsável pelas investigações, a adolescente relatou que estava indo para casa após visitar uma amiga quando parou no bar e pediu um copo de água ao comerciante. Ele pediu que ela entrasse e ofereceu um refrigerante.
“Ela entrou e o dono do bar foi para o banheiro. Em seguida, ele já retornou sem roupa e tentou agarrá-la. Houve uma briga entre os dois e a menina conseguiu pegar uma faca e atingir o homem no peito”, disse.
Na discussão, o homem ainda conseguiu tirar a blusa da menina, que ficou só de sutiã. Em seguida, a adolescente conseguiu fugir, mas vizinhos que ouviram o comerciante pedir socorro acionaram a Polícia Militar (PM), que a apreendeu em uma praça e a levaram para a delegacia.
Risco
De acordo com Maurício, a menina vive em situação de risco, pois, apesar de morar com a família, transita muito tempo na rua. Além disso, ela consta como vítima em duas ocorrências: uma como vítima de estupro e outra como pessoa desaparecida.
O delegado afirma que os indícios apontam para um caso de legítima defesa. “Como ela afirmou, ele estava nu quando foi encontrado morto e como ele é muito obeso, acho que não daria para ela ter tirado a roupa dele após o crime. A menina também estava suja de sangue, o que sugere uma briga. Além disso, a vítima tinha apenas uma perfuração, o que não indica um ato por pura violência”, enumerou.
Já o dono do bar, segundo o delegado, já tinha duas ocorrências por estupro de vulnerável registradas em 2014 e 2015.
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