Foi confirmado na manhã desta quinta-feira, 30, que o macaco conhecido popularmente como bugio, guariba ou barbado, foi vítima de febre amarela no zoológico de Goiânia. O diagnóstico foi confirmado positivo após exames realizados pelo Laboratório de Saúde Pública (Lacen-GO). É o primeiro caso da morte de macaco por febre amarela em Goiânia.
O zoológico está parcialmente interditado por 30 dias. As visitações só podem ser feitas com o cartão de vacinação em mãos, o que atesta a imunidade dos visitantes. “Temos que tomar todas as medidas necessárias de bloqueio para evitar que as pessoas se contaminem com o vírus”, afirmou o Segundo Superintendente de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Goiânia, Robson Azevedo.
Prevenção
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma que 94% da população de Goiânia já foram vacinadas contra a febre amarela e que estes não precisam entrar em pânico, pois já são imunizados. O Zoológico alerta os moradores próximo ao zoológico que, caso não estejam ainda vacinados, procurem postos de vacinação.
A vacina contra febre amarela a partir da segunda dose imuniza para a vida toda contra a doença. Ações preventivas em combate ao mosquito chikungunya também devem ser intensificadas por moradores e agentes de saúde em toda capital. Devido aos dias chuvosos, todos devem ficar atentos aos possíveis locais que reservam água.
A SMS alertou também que os macacos não transmitem a febre amarela, são apenas vítimas da doença. A febre amarela é transmitida apenas pela picada dos mosquitos, tanto nas pessoas como nos macacos. Os animais são bioindicadores, que detectam a presença do vírus.
Febre Amarela
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida pelo mosquito chikungunya. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. Em alguns casos pode levar a óbito, mas a maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.
Em janeiro de 2017, o Estado de Minas Gerais começou a investigar 23 casos suspeitos de febre amarela. Além disso, suspeita-se que 14 óbitos podem estar relacionados à doença. Já no estado de São Paulo algumas cidades também estão em alerta para a febre amarela, como Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, devido à morte de macacos. O último surto de febre amarela no Brasil ocorreu entre 2008 e 2009, quando 51 casos foram confirmados. A febre amarela em Goiânia já foi prevenida com vacinação, combate aos vetores e conscientização, porém com o primeiro caso confirmado, a população deve ficar atenta.
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