Estudantes de medicina da Universidade de Vila Velha, no Espírito Santo, ganharam repercussão nacional em 2017 após aparecerem em foto polêmica nas redes sociais.
Na imagem, os 12 homens aparecem de jaleco, com as calças abaixadas e emulando o órgão genital feminino com as mãos.
A imagem, aliada ao texto, que continha as hashtags “Pintos Nervosos” e “MedUVV”, foi criticada por internautas e entidades representantes da classe médica.
Até mesmo a universidade se posicionou contra ao fato:
“Diante o ocorrido, a Universidade Vila Velha declara que repudia qualquer tipo de ofensa a uma profissão tão importante e fundamental como a medicina. Nosso compromisso com a educação não condiz com conduta apresentada nas publicações”.
Após deliberações, os 12 alunos foram punidos pela instituição a executarem “trabalhos de responsabilidade social”.
Em nota, a universidade pontuou que os alunos envolvidos reconheceram que o comportamento foi inadequado e que formularam um pedido de desculpas voltado à comunidade acadêmica.
Por meio de um advogado, os jovens divulgaram declaração em que negaram a “conotação sexual” da postagem.
“Se, em algum momento a atitude feriu a honra ou denegriu qualquer classe profissional, a instituição ou o gênero feminino, esta não era a intenção da postagem e, em momento algum, existiu uma conotação sexual”, escreveram.
Repercussão da foto dos estudantes de medicina
Após a divulgação das imagens, várias mulheres foram às redes para compartilhar relatos de abuso sexual cometido por médicos no exercício da atividade.
A escritora Elika Takimoto foi uma delas, que contou sobre o caso de um oftalmologista que apagou as luzes do consultório e colocou o pênis para fora, forçando-a a colocar suas mãos nele.
Leia o relato:
#Opinião
Diante da repercussão dessas imagens e de outros casos relacionados a médicos, a Folha Z repudia qualquer atitude infantil que associe uma profissão tão nobre e delicada quanto a medicina com a violência e a insensibilidade.
Como poderão as mulheres ter segurança para buscar auxílio de saúde se os futuros médicos assim agirem?
Estudantes e profissionais da área precisam refletir sobre a natureza do ofício e a segurança das pacientes, colocada em risco todos os dias no Brasil.
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