Em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira, 16, o governador Marconi Perillo (PSDB) comentou sobre as delações de ex-executivos da Odebrecht. Respondendo a jornalistas, o governador citou contradições observadas por ele no conteúdo das delações.
Segundo Perillo, as doações que aconteceram em 2010 e 2014 foram legais, registradas e aprovadas pelo TRE. “As providências que serão tomadas serão definidas pela minha defesa com o suporte do doutor José Eliton, que é advogado”, afirmou. Confira alguns trechos importantes da coletiva.
Odebrecht
Marconi não negou ter se encontrado com Marcelo Odebrecht e outros dirigentes do grupo entre 2010 e 2014, mas destacou ter tratado apenas da obra do Aeroporto de Goiânia nessas reuniões. “Não me lembro a data, mas estive com ele [Marcelo Odebrecht], como estive com o presidente do Itaú, do Bradesco, da BRF. Quando a campanha se aproximou, eu procurei vários executivos de porte nacional e local para pedir colaboração”, disse.
Doações
O governador afirmou que não houve ilegalidade no pedido de doações de campanha antes da nova lei eleitoral, que proíbe a participação de empresas no processo. Segundo ele, as empresas doaram por acreditaram que a sua gestão contribuiria para o avanço econômico do Estado e do país. “Todos sabem que há muitos anos eu sou um político influente no país e ajudam porque querem que eu continue”, afirmou.
Judiciário
O peessedebista também criticou a postura de setores da sociedade em relação ao caso. Para ele, é “errada essa superexposição” dos envolvidos por parte de setores do Judiciário, do Ministério Público e da imprensa. “Acho que querem nivelar por baixo toda a classe política, aniquilar com a classe política. Eu não sei quem é que substituiria pessoas experientes que estão na política em um momento tão grave como o que passa o Brasil”, disse. E ainda complementou: “Duvido que algum Procurador de Justiça desse daria conta de vir pro Executivo e fazer governos avançados, progressistas, transformadores, realizadores”.
Delator
Para o chefe do Executivo goiano, as delações são um artifício usado por pessoas que querem se ver livres de condenação. “É impressionante como hoje todos estão dando valor a delatores. No passado, a palavra delator era algo inominável”, disse Perillo.
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