Segundo o presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer de Goiânia (Agetul), Alexandre Magalhães, a operação do Ministério Público contra desvio de dinheiro nos parques Mutirama e Zoológico foi deflagrada depois que a Agetul começou a realizar um controle maior da venda de ingressos e comparar a bilheteria arrecadada pela atual gestão com anos anteriores.
“Assim que assumimos a Agetul, em janeiro deste ano, observamos que havia no órgão uma formação criminosa, que desviava dinheiro advindo da venda de ingressos. O crime, por sua vez, só foi identificado após controle da venda de ingressos realizado pela atual gestão”, explica Alexandre Magalhães. Conforme o presidente da Agetul, após a descoberta do esquema, o órgão municipal começou a repassar as informações e comparativos ao MP.
“Em janeiro, apresentamos ao MP os números do que ocorreu na Agência nos últimos anos. Em posse desses dados, e com a nossa colaboração, o Ministério Público realizou uma investigação, que culminou na operação deflagrada nesta terça-feira”, afirmou Alexandre Magalhães.
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Ainda de acordo com o presidente, os servidores públicos envolvidos no esquema falsificavam os ingressos e desviavam o dinheiro arrecado com a bilheteria. “Por exemplo, 3 mil ingressos eram vendidos em um único dia. No entanto, dentro desse lote, apenas 300 bilhetes eram verdadeiros. Os outros 2.700 seriam falsos e apenas o dinheiro arrecado com a venda de 300 era repassado para os cofres do município”, pontua.
Prejuízo
Os prejuízos ao erário público estão sendo calculados pelo MP-GO. Estimativas iniciais apontam que a organização desviava cerca de R$ 60 mil por final de semana. “A título de informação, realizamos um comparativo da venda de ingressos. Neste ano, a Agetul arrecadou até dez vezes mais do que os valores recolhidos no mesmo dia do ano anterior”, salienta Magalhães.
Diante disso, conforme informa o presidente do órgão, a atual gestão está trabalhando para que o controle da venda de ingressos seja mais rigoroso. “Já abrimos um processo para a aquisição de catracas eletrônicas a fim de controlar o fluxo de visitantes dos parques. Além disso, implantamos a utilização de pulseiras numeradas por parte dos visitantes. Essa iniciativa é eficaz e controla o número de ingressos vendidos”, finaliza.
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