Defeitos nos semáforos são comuns em época de chuva, com quedas de energia ou infraestrutura danificada pelos ventos fortes. Mas, em Aparecida de Goiânia, moradores reclamam que o problema é constante ao longo do ano. O motivo, no entanto, pode ser surpreendente em alguns casos.
No dia 10 de agosto, o Folha Z publicou denúncia de um leitor do jornal, mostrando dois semáforos desligados na Rua São Domingos, no Centro de Aparecida, causadores de transtorno para os moradores da região.
De acordo com o leitor, falta a sinalização em dois cruzamentos da Rua São Domingos: com a Avenida João Cândido de Queiroz (em frente à Procuradoria Geral do Município) e com a Rua 11 de Maio (em frente ao Estádio Aníbal Batista de Toledo).
À época, a Secretaria de Comunicação de Aparecida (Secom) informou que uma equipe de engenharia seria encaminhada ao local para averiguar e solucionar o problema nos sinaleiros. A situação, porém, é a mesma até hoje. E tem mais: repete-se na Av. Chavier de Almeida com Av. Independência e na Av. Independência com a Av. Perimetral
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SMTA
Para trazer uma resposta aos moradores, o Folha Z procurou novamente a Superintendência Municipal de Trânsito de Aparecida (SMTA). Desta vez, o coordenador da semafórica do órgão, Rivaldo de Melo, relatou que o verdadeiro vilão da história foi finalmente identificado.
De acordo com ele, maritacas, pequenas aves esverdeadas comuns no Centro-Oeste, foram flagradas por servidores da SMTA roendo o revestimento dos fios de um dos semáforos danificados. “Nesse caso, o que acontece é que o desgaste do revestimento faz com que os fios entrem em contato e ocorre a queima do fusível da controladora ou da placa de potência que comanda as fases”, relatou o coordenador.
Se for apenas um fusível queimado, o reparo é simples e a troca de peças custa menos de R$ 1. Já no caso de uma placa danificada, a história é diferente: o reparo gera R$ 1.200 de despesa para os cofres públicos.
Cobrança
Mas os aparecidenses não querem saber apenas do problema, mas também da solução. Para um morador que falou à reportagem, a situação é uma “dor de cabeça diária” para quem precisa passar pela região, muito movimentada devido à proximidade de escolas municipais e estaduais e de órgãos importantes da cidade, como a Procuradoria e a Câmara Municipal. “Prefeitura e vereadores, precisamos de uma solução, assim não dá”, protestou.
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