Uma enfermeira de 32 anos foi estuprada na manhã da última segunda-feira, 1, enquanto se deslocava para o trabalho no Setor Jardim Novo Mundo, em Goiânia.
Para agravar a situação, a vítima denuncia que teve de esperar mais de três horas para conseguir registrar uma ocorrência na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), no Centro da cidade.
Além disso, ela relata ter sido atendida por um escrivão, o que não está de acordo com determinação da Lei Maria da Penha recomendando que o atendimento a mulheres vítimas de estupro seja feito por por servidoras do sexo feminino.
O crime
O crime aconteceu por volta das 6h, quando a enfermeira, casada e mãe de uma criança de 5 anos, estava pronta iniciar o plantão de feriado em um hospital da capital.
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A vítima trafegava de moto pela Avenida Anhanguera quando foi abordada por outro motociclista trajando uma capa de chuva preta.
Ameaçada pelo agressor, a mulher foi obrigada a subir em sua motocicleta e foi levada até um matagal no Jardim Novo Mundo, onde foi agredida e estuprada.
Deam
Mas o sofrimento da mulher não acabou por aí. Após a agressão, ela conseguiu recuperar sua moto, que estava em um posto de gasolina, e se deslocou até a Deam, onde foi recebida por familiares.
Apesar de abalada, a vítima relata que ainda teve que esperar por três hora até conseguir registrar o Boletim de Ocorrência.
“Quero agradecer a Deus pelo criminoso ter deixado a minha filha viva, porque isso dificilmente acontece”, disse o pai da vítima em entrevista à “Rádio CBN”.
Delegacia
Segundo servidores, a demora no atendimento à enfermeira foi ocasionada por falta de equipamento. Isso porque os dois únicos computadores que estavam em funcionamento na delegacia já estavam sendo usados para o registro de outras ocorrências.
Além disso, apenas dois homens estariam escalados para o plantão, não sendo possível que uma servidora fosse designada para o atendimento.
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