Devido à alta procura na rede privada pela vacina contra H1N1 em Goiânia, várias clínicas na cidade estão com estoques esvaziados ou com grandes filas de espera.
O Folha Z selecionou os estabelecimentos em que há mais probabilidade de que o leitor consiga se vacinar.
Entre os 10 centros que se tem registro de vacinas disponíveis, apenas dois tinham estoque na tarde de sexta-feira, 6.
1 Santa Clara
A clínica Santa Clara informou que segue com estoque disponível nas duas unidades (Bougainville e Goiânia shopping) no valor de R$ 140, ambas funcionam entre as 10h e 22h.
2 Vaccina Care
Destes, a clínica Vaccina Care já está com as doses reservadas; uma nova remessa está prevista para semana que vem.
Já a clínica Climipi Vacinas previa renovação do estoque para fim de semana e o Laboratório Atalaia conta com novas vacinas para a próxima semana, sem especificar dia.
As outras seguem sem previsão para novos estoques.
Redação com informações do portal G1.
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Vacinas
A recente recorrência dos registros de H1N1 assusta porque não está no período sazonal propício ao aumento desses casos.
A campanha de vacina no SUS para os víruos H1N1 e H3N2, programada pelo Ministério da Saúde, que estava prevista para acontecer a partir do dia 16 deste mês, foi adiada para o período entre os dias 23 de abril e 1 de junho.
Diante disso, clínicas particulares avolumam um imenso contingente de pessoas dispostas a desembolsar valores na faixa de R$ 140.
Ocorre que a demanda está muito maior que a oferta de ampolas disponíveis. As clínicas já solicitaram mais lotes da vacina.
Em março, o MP-GO solicitou à Secretaria da Saúde a vacinação de todos os idosos de abrigos.
Tal procedência se deu por causa dos casos ocorridos na Villa São Gonttolengo, em Trindade, epicentro dos óbitos em razão da Influenza. Foram 8 mortes registradas em 9 dias, pelo menos 3 deles estavam com H1N1.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) pediu que a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia adiante a vacinação dos profissionais que atuam na área.
Além disso, afirmou que irá aprofundar a fiscalização nas unidades públicas de saúde da capital.
Por sua vez, a deputada Adriani Accorsi(PT) requereu à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás na última terça-feira(3) a vacina contra H1N1 em Goiânia e no Estado em caráter de urgência.
O que se sabe
A Influenza segue causando preocupação nos goianienses. Na última quinta-feira, 5, o H1N1 foi confirmado como a causa da morte do pediatra Luiz Sérgio de Aquino Mouro.
Nas últimas semanas, foi registrado um aumento de 16% dos casos de Síndrome Respiratórias Agudas Graves (Srag) em Goiás, em relação ao mesmo período do ano passado.
O médico entrou no rol dos 33 óbitos já registrados causados pelo vírus em Goiás, sendo cinco ocorridos este ano. Ao todo, são 219 casos de Srag já computados esse ano.
Segundo especialistas, toda Srag é pneumonia, mas nem todo caso de H1N1 é Srag. Tal quadro se dá quando a doença se agrava, por isso é possível que nem todos os que portam H1N1 foram notificados no último informe técnico divulgado ontem (5/4), pela Secretaria Municipal de Saúde.
Enquanto isso, as redes sociais são palco de boatos de falsas vítimas da doença, o que confunde a população e agrava a sensação generalizada de temor.
Ao contrário do que circula erroneamente, não se trata, pelo menos ainda, de uma epidemia, segundo a vigilância epidemiológica da SES.
A doença
O vírus H1N1 E H3N2 são subtipos da influenza A, caracterizada por epidemias sazonais, assim como o tipo B.
Já o tipo C é definido por não trazer risco à vida. A grande diferença entre os tipos está no hospedeiro do vírus.
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