Em entrevista ao Folha Z, o prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (MDB) fez um balanço sobre o seu mandato à frente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC).
Por meio de sua assessoria, Mendanha afirmou que sua gestão buscou dar prioridade à garantia de melhorias no sistema antes de discutir o aumento da tarifa.
Falando de aumento, foi justamente durante a gestão de Mendanha que houve o último ajuste na tarifa. A passagem de ônibus na Grande Goiânia foi de R$ 3,70 para R$ 4 em janeiro de 2018.
O aumento anterior tinha ocorrido um ano antes, em fevereiro de 2016, quando o valor passou de R$ 3,30 para R$ 3,70.
Para o prefeito, “as coisas não acontecem da noite para o dia, as empresas enfrentam dificuldade financeira e esses benefícios acabam demorando um pouco”.
Mas e os benefícios?
Quando era discutido o aumento para R$ 4 ainda em maio de 2017, Gustavo Mendanha foi contra.
Seu posicionamento, de que o reajuste só poderia acontecer atrelado à promoção de melhorias no transporte, contribuiu para barrar a medida, prorrogada até janeiro deste ano.
Entre várias melhorias cobradas pelo prefeito, a climatização da frota ganhou destaque.
A ideia era que os veículos adquiridos pelas empresas passassem a chegar às ruas já equipados com ar-condicionado.
Um ano se passou e nada mudou: persiste o sofrimento do usuário, que enfrenta todos os dias o calor goianiense dentro do transporte coletivo.
O último a prometer o ar-condicionado em ônibus foi o presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), Fernando Olinto Meirelles.
Em fevereiro de 2018, ele anunciou que os ônibus do transporte coletivo de Goiânia teriam ar-condicionado em breve.
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Perguntado sobre o assunto, o Mendanha garantiu que a questão do ar-condicionado permanece colocada como prioridade.
“Tenho certeza que este benefício chegará logo aos ônibus da Região Metropolitana de Goiânia, melhorando a qualidade das viagens oferecidas aos passageiros”, afirmou.
No mesmo sentido, o atual presidente da CDTC disse à reportagem que a “Wi-Fi é uma possibilidade”.
“Já é um benefício conhecido no Citybus e pode ser implantado nos ônibus comuns do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia”, argumentou.
Aumento
Sobre a chance de um novo aumento, ventilado pela Rede Metropolitana de Transporte Coletivo de Goiânia (RMTC) à época da greve dos caminhoneiros, o prefeito foi taxativo.
“Esse assunto chegou ser falado na imprensa, mas nós da CDTC não falamos sobre isso. Um novo reajuste está fora de cogitação nesse momento”, declarou.
Avanços
Há dois anos à frente da prefeitura de Aparecida, Gustavo também destacou avanços na gestão do transporte público na Grande Goiânia.
“Todas as reuniões, antes fechadas, foram realizadas com as portas abertas à imprensa, aos vereadores e deputados e ao público, dando transparência total de tudo que foi discutido no âmbito da CDTC nesses 18 meses em que estou à frente da entidade”, afirmou.
Especificamente sobre Aparecida, Gustavo destaca a criação da RMTC Aparecida, além de seis novas linhas interbairros no município.
Promessa da campanha eleitoral em 2016, a medida oportuniza o deslocamento do usuário de uma região à outra de Aparecida sem a necessidade de passar pelos terminais de Goiânia.
“Uma delas, a 970, foi lançada no dia 15 de maio e só nos primeiros 10 dias após sua implantação havia transportado mais de cinco mil passageiros e realizado 302 viagens”, disse o prefeito.
Ele deixará o comando da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) neste mês de junho.
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