Gustavo Mendanha tem aproveitado os holofotes advindos do fato de ser a única voz expressiva de oposição ao Governo de Goiás.
Mas essa história já começou a dar dor de cabeça para a liderança do MDB.
A essa altura do campeonato, não é segredo para ninguém que o partido (ou parte considerável dele) quer se aliar ao governador Ronaldo Caiado (DEM).
Principalmente considerando a chance de beliscar a vaga de vice na chapa da reeleição.
Ao mesmo tempo, um de seus principais representantes no cenário político atual está andando pelo Estado inteiro criticando a gestão e pleiteando uma candidatura forte de oposição.
Gregos e Troianos
Duas posições difíceis de conciliar.
E o problema fica pior ainda porque o presidente estadual do partido, Daniel Vilela, não se pronuncia sobre o assunto publicamente.
Ele quer resolver o problema internamente, sem se indispor com os gregos e ainda manter a simpatia dos troianos.
No fim das contas, acaba que Daniel é o maior prejudicado por esse cabo de guerra.
Sem mandato e com poucas chances de derrotar Caiado por conta própria nas urnas, sua melhor oportunidade é tomar o lugar de Lincoln Tejota (Cidadania) na vice e articular para ser o primeiro na fila em 2026.
Novamente: tarefa nada fácil de executar.
Mito
Também Insatisfeito com a atitude “rebelde” de Gustavo, o ex-governador Iris Rezende tem menos a perder do que Daniel nessa história.
Considerado um “mito” da política goiana, ele tem um nome maior e capaz de resistir até às eventuais disputas partidárias.
O melhor exemplo foi o que aconteceu em 2020.
Embora o MDB tivesse Maguito Vilela como candidato a prefeito de Goiânia, Iris manteve uma posição neutra e, por vezes, deixou a entender que suas alianças eram mais fortes com o grupo caiadista, que tinha Vanderlan Cardoso (PSD) na disputa.
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