Na tarde desta quinta-feira, 5, uma comissão do Conselho Tutelar esteve na casa da criança que apareceu em vídeo comendo ração canina em Trindade (GO).
O vídeo estourou nas redes socias nesta quarta-feira, 4.
O caso foi denunciado à Polícia Civil pela avó paterna do garoto.
Em entrevista ao Folha Z, a conselheira Kátia Francisca contou que a criança, de 2 anos, estava no ‘momento da visita’ sob bons tratos.
É a primeira vez que o Conselho Tutelar de Trindade visita a família.
De acordo com ela, a mãe disse que o vídeo foi gravado em uma brincadeira e que, em seguida, enviou para a avó paterna do garoto.
Indignada, a avó teria repassado as cenas para outras pessoas.
Kátia relatou que no momento da visita a criança estava muito alegre e assistia a um vídeo em um celular.
O garotinho chegou a brincar com a equipe.
Agora a promotora Alessandra Melo, do Ministério Público de Goiás, analisa os relatórios enviados pelo Conselho Tutelar.
Procurada pela reportagem, ela informou que ainda não há prazo para a conclusão da leitura do arquivo.
Caso a decisão seja a retirada da guarda materna e paterna da criança, a tutela familiar pode ser transferida para outro parente que tenha interesse em adotá-la.
Em último caso, o garoto pode ser lotado em abrigo até que seja adotado.
Investigação
O delegado Vicente Gravina, responsável pela investigação do caso na Polícia Civil, disse ao Folha Z que começou a receber os envolvidos do ocorrido na tarde desta quinta-feira, 5.
“O vídeo chegou ontem à delegacia. Tudo aponta foi gravado recentemente e enviando para quatro pessoas da família, uma delas ficou indignada e denunciou o caso”, disse.
Ainda de acordo com o delegado, a expectaviva é que o inquérito seja concluído até a próxima semana.
Se condenados, os envolvidos podem responder por constrangimento de crianças e adolescentes, cujas penas variam entre seis meses e dois anos de prisão.
Ninguém foi preso até o momento, pois não houve flagrante.
Repercussão
Nas cenas, a criança aparece deitada no chão aparentemente comendo ração de um cachorro da família.
A mãe brinca com a situação. “Oh, menino, cê num vai almoçar não?” diz no vídeo.
A criança, de 2 anos, tem uma deficiência motora ainda não identificada.
Ele faz tratamento com fisioterapeuta e tem acompanhamento médico constante.
Em entrevista o G1, os pais alegam tratar-se de uma brincadeira e temem sair às ruas com medo de repressão.
A advogada da mãe e da tia-avó do menino, Márcia Gabrielle Sampaio Carvalho, disse, em nota, que a situação não configura “qualquer intenção pejorativa ou maldosa”, uma vez que se tratava de uma brincadeira.
Ela destacou também que a criança “é muito amada e cuidada por todos que a cercam”.
A advogada alega ainda que a avó paterna distorceu os fatos, e que a denúncia foi feita por “crueldade e irresponsabilidade”.
Nota de Esclarecimento da Família
É como muita tristeza que a família perplexa assiste à divulgação do vídeo nos meios de comunicação, sem qualquer cuidado com a imagem da criança e de seus familiares.
De fato, não houve qualquer intenção pejorativa ou maldosa na gravação das imagens, uma vez que a criança é muito amada e cuidada por todos que o cercam.
Por crueldade e irresponsabilidade de sua avó paterna que, ao ter acesso ao vídeo em um grupo familiar, distorceu os fatos e lançou as imagens nas redes sociais de forma negativa, ganhando interpretação diversa do contexto real das gravações.
Este fato está causando grande sofrimento e dor em todos que o cercam e dedicam integralmente seus dias em prol do seu bem estar.
Desde já deixo registrado que a criança é bastante amada, bem cuidada e feliz, fato este que pôde ser claramente comprovado hoje após a visita do CONSELHO TUTELAR E CRAS.
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