Os desenhos estão na vida de Glauber Lopes desde que ele era muito jovem. Hoje, com 30 anos, o ilustrador, quadrinista e professor de artes paulista vive da arte. Quando não está desenhando, ou ensinando outros a desenhar, o artista vai a shows, bares, exposições de arte e parques, além de sempre sair com a namorada.
As influências de Glauber sempre foram extraídas do oriente. “Naoki Urasawa, Eiichiro Oda, Hiroaki Samura, Takeshi Obata, Takehiko Inoue e Hayao Miyazaki. Há atualmente fortes influências vindas da Europa como Alphonse Mucha, Bastien Vivès, Florent Sacré, Cyril Pedrosa, Gustave Doré, Nicholas de Crecy, Gianni Pacinotti e aquelas pessoas que nunca lembramos o nome na hora certa”, brinca.
Projeto atual
Atualmente, Glauber trabalha em sua HQ autoral/biográfica Registros. A história começou incialmente como webcomics, mas recentemente o quadrinista resolveu lança-la de forma impressa. Inclusive, o projeto é divulgado por meio de uma FAN PAGE.
A HQ relata sobre viagens que o autor fez no período de 2009/2010 pela Argentina e Colômbia. Ela mostra momentos que ele considera especiais e dignos de compartilhamento com as pessoas. “Esse projeto tem como objetivo incentivar as pessoas a viajar e descobrir o planeta através de seus próprios olhos. Acredito que esse tipo de ação é renovadora, transformadora e capaz de tornar o viajante um ser humano melhor, pois sua visão sobre o mundo será mais abrangente”.
Financiamento coletivo
Prática recorrente de muitos artistas hoje em dia, o financiamento coletivo está nos planos de Glauber. Ele pretende viabilizar sua revista por meio do site Catarse.
Para ele, o Catarse é uma das melhores coisas que poderiam ter ocorrido para o mercado independente de quadrinhos. “Por tudo que vejo por aí, normalmente o que costuma faltar é sempre o dinheiro. Apresentar sua ideia publicamente, vivendo de imediato o contato com o público, vai te dizer com toda certeza se seu projeto é bom ou não. Muitas editoras negam projetos que algumas vezes tem grande potencial. Ter alternativa torna-nos artistas mais esperançosos”.
Eventos
Sobre os grandes eventos de quadrinhos que o Brasil tem recebido (FIQ, GibiCon e outros), Glauber é positivo. “Se grandes eventos de quadrinhos estão começando a vir pra cá, significa que o mercado passou da fase de oscilação e enfim está demonstrando grandes vendas”.
Segundo ele, para os artistas nacionais, este é um bom momento, tanto para vendas quanto para divulgação. “Ah, e também é bom para conhecer os artistas que admiramos. Afinal, também somos fãs”.
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Francisco Costa é jornalista e fã de quadrinhos – [email protected]
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