Exclusivo 1
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) deve anunciar nos próximos dias o nome do advogado-geral, Alberto Cascais, como diretor da Casa. Seria apenas um ato burocrático, não fossem as relações históricas entre eles. Caiscais, embora desempenhasse a função de advogado do Senado, atuou fortemente na defesa do senador alagoano, na época em que ele enfrentava risco de perder o mandato por quebra de decoro parlamentar.
Exclusivo 2
Por falar em Renan Calheiros, ele contratou Mariana Lessa, sobrinha do ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, para trabalhar no gabinete dele em Brasília. Seria um agrado ao ex-governador que se comprometeu a apoiar o deputado federal Renan Filho, candidato a governador do estado. Renan pai e Ronaldo Lessa são amigos de longa data. Outra forma de retribuir será o apoio do presidente do Senado à candidatura de Lessa a uma vaga na Câmara.
Ainda Renan
Renan Calheiros também vai apoiar a candidatura de Fernando Collor à eleição para o Senado. O presidente está no meio do mandato de oito anos.
Ainda Caiscais
O advogado-geral Alberto Caiscais é o responsável pela ação impetrada no Supremo Tribunal Federal contra a redução das bancadas na Casa e na Câmara.
Dilma gostou
O deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) deve ser anunciado como titular do cargo que vem ocupando interinamente: o de líder do Governo na Câmara. Duas situações devem levar à permanência dele. A primeira é o fato de a presidente Dilma Rousseff estar satisfeita com o desempenho dele, nas negociações com os parlamentares. Dilma gosta de Fontana. A segunda é que os analistas consideram um risco trocar um líder em um momento conturbado como agora, com copa do mundo, eleições e tudo oque o Governo quer aprovar até o fim do ano.
Joaquim Barbosoa
Engana-se quem pensa que a aposentadoria precoce do ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, se deve a questões políticas ou pressões. Tá certo que ele enfrentou percalços e sofre questionamentos severos a respeito da atuação dele no comando da suprema corte. Ainda assim, se retira do cargo com alto índice de aprovação popular, como o ministro negro que enfrentou e mandou para a cadeia os poderosos da República.
R$ 50 mil por página
A possível migração de Joaquim Barbosa para a política vem sendo discutida em todos os gabinetes de partidos em Brasília. Mas o que pouca gente leva em conta é o futuro mais provável de Joaquim Barbosa: o ministro deve voltar a atuar forte como advogado, usando toda a experiência como ex-ministro para atuar nos casos mais emblemáticos, justamente nas ações que tramitam no STF. Só para se ter uma ideia, um possível parecer de Barbosa em um futuro processo já estaria cotado em R$ 50 mil por página.
Demissão ao vivo
Já que o assunto é STF, dia desses uma competente jornalista, que trabalhava no telejornal da TV Justiça, foi demitida enquanto o jornal estava no ar. Tudo porque um ministro apareceu querendo dar uma entrevista ao vivo, no segundo bloco, que acabava de entrar no ar. A assessoria do ministro não gostou de ouvir que não seria possível, que seria necessário entrar no terceiro bloco, porque já estava tudo esquematizado na programação e que só seria possível fazer alterações durante o intervalo. Assim que o telejornal saiu do ar a moça recebeu o viso de que estava fora.
Tá explicado
O afago que a Espanha vem fazendo ao Brasil nos últimos tempos tem explicação. Durante almoço na embaixada em Brasília, este jornalista ouviu do embaixador Manuel de La Cámara que o Brasil já é responsável por comprar 30% de tudo que a Espanha exporta. A balança comercial está favorável ao país de Cervantes.
José Marcelo dos Santos é comentarista de Política e Economia e apresentador da edição nacional do Jogo do Poder, pela Rede CNT. É professor universitário de Jornalismo
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