“The man in the suit fled across the desert. And the gunslinger followed.”
A citação acima é uma mistura do tema da semana com outra obra que muito influenciou toda a produção cultural do século XXI. A coluna trata de “Person of Interest”, mas lembra ao leitor familiarizado com a “Torre Negra” , de Stephen King (e repreende os demais). Heróis sempre dominaram os grandes clássicos da literatura, do cinema e da TV. E, apesar da problemática da verossimilhança, alguns desses personagens provam pela insistência as suas capacidades diferenciadas.
“Person of Interest” é uma criação de Jonathan Nolan (irmão do outro Nolan mais famoso) e estreou em 2011. O aniversário de 10 anos dos atentados de 11/9 não foi apenas casual, visto que a sinopse da série fala da elaboração de uma inteligência artificial capaz de monitorar todos os aparelhos eletrônicos, com o objetivo de prevenir novos ataques terroristas.
Machine
O pai da “máquina” é Harold, papel brilhantemente executado por Michael Emerson, o Ben de “Lost”. Ao longo desses quatro anos, pudemos observar os dilemas morais e as dificuldades que Harold enfrentou para evitar que o equipamento fosse utilizado para fins egoístas, e não apenas o combate ao terror. Mas, instalando uma “porta dos fundos” na máquina, o programador bolou um dispositivo para receber alertas com o número da identidade de pessoas que estivessem na iminência de sofrer ou cometer um crime.
Para resolver esses – nem sempre – pequenos casos, ele recrutou o ex-militar John Reese, interpretado por Jim Caviezel. Em outra comparação, Harold e John funcionam como Batman, com treinamento militar e força física quase sobre-humana aliados a recursos tecnológicos ilimitados e um impressionante poder de planejamento. A dúvida que resta é só uma: os ternos bem cortados de John ou a armadura do Cavaleiro Negro?
Entre as melhores
Mas o fato já consumado é que “Person of Interest” é uma das melhores séries dos anos recentes. A mistura entre ficção científica, investigação, drama, suspense e ação não decepciona. Os episódios raramente são puros procedurais (caso da semana), mas, mesmo quando são, mostram roteiros muito bem elaborados e histórias cativantes e que envolvem da maneira correta os personagens.
Se você estava à espera de uma recomendação para a maratona das férias de fim de ano, não tem nada melhor ainda no ar do que “Person of Interest”.
Marco Faleiro é estudante de jornalismo e já tem mais de duas mil horas de seriados assistidos – [email protected]
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