Na boca do povo (I)
O maior temor da presidente Dilma Rousseff está se materializando nas filas do banco, do supermercado, da loteria e nas redes sociais: as pessoas falam abertamente sobre a possibilidade de impeachment da chefe da Nação. O debate fica mais acalorado quando é incluído o exemplo do atual senador Fernando Collor de Melo. Há uma clara divisão sobre o efeito prático que o afastamento do ex-presidente provocou no país.
Na boca do povo (II)
O cidadão brasileiro se mostra contrariado e indignado com a corrupção em praticamente todas as esferas da política nacional – e o caso Petrobras é o mais emblemático de todos – mas ao mesmo tempo é cético quanto ao impeachment de Dilma. “Lula, Dilma e o PT em geral passaram dos limites na Petrobras. Só que a mera substituição pelo vice não garante mudança nas atitudes”, argumenta a funcionária pública Maria Auxiliadora de Souza, 53 anos, na fila do supermercado. O debate está apenas começando.
Bombeiro
O vice presidente Michel Temer continua sendo questionado, dia sim outro também, sobre a real possibilidade do impeachment de Dilma se materializar. O marido de Marcela Temer escolhe palavras para mudar o rumo da conversa, porém ele admite, reservadamente, que o ambiente político ficou muito carregado após as últimas revelações do caso Petrobras. Os nervos estão à flor da pele.
Dupla pressão
Por motivos parecidos, a palavra impeachment também tem sido bastante ventilada por vereadores de oposição aos prefeitos Paulo Garcia (Goiânia) e Jardel Sebba (Catalão). Ambos enfrentam grande rejeição e sérios problemas nos serviços públicos oferecidos aos moradores. O descontentamento com Jardel levou milhares de pessoas às ruas de Catalão. Paulo Garcia, até o momento, não passou pelo ingrato teste das ruas.
Cordeirinhos
O salto de Aldemir Bendine da presidência do Banco do Brasil para o comando da Petrobras representa fraqueza e ausência de foco da presidente Dilma Rousseff para debelar incêndios em seu governo. Ela não abre mão de escolher assessores com quem geralmente mantém vínculo, desprezando profissionais com maior qualificação. Dilma, agindo desta forma, mostra preferência por auxiliares que não se revoltam ou entregam o cargo depois de ouvirem seus frequentes gritos no gabinete.
Caiu a ficha
Ex-presidente da OAB/GO e hoje secretário de Governo, Henrique Tibúrcio se mostra arredio ao comentar os desdobramentos da eleição e a polêmica sobre a dívida da entidade, avaliada entre 7 a 13 milhões de reais. Com respostas ríspidas e evasivas, Tibúrcio está aprendendo na prática a diferença entre o estilingue e a vidraça na vida pública.
Sem saída
Louvável o esforço de cronistas esportivos para promover o clássico e ao mesmo tempo criar uma rivalidade entre Goiás e Atlético que está longe de existir. Sem o Vila Nova na competição, essa é a única oportunidade para motivar o combalido campeonato goiano. Todo o esforço cai por terra, infelizmente, no momento em que são divulgados o público e a renda do clássico.
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