Fogueira
Os deputados estão em polvorosa com a repercussão do episódio envolvendo o padre Luiz Augusto. Uma operação-abafa foi montada para evitar que mais casos de servidores fantasmas se tornem conhecidos da opinião pública. “A imagem da Assembleia Legislativa, que já não é boa, pode piorar”, alertou um parlamentar governista, muito preocupado com acomodações funcionais ocorridas nas gestões dos ex-presidentes Jardel Sebba e Helder Valim, ambos do PSDB, com o governo estadual.
Deixa pra lá
Nos corredores da Assembleia os servidores realmente assíduos estão rindo de orelha a orelha. A expectativa entre eles é de que novas denúncias venham atingir outros importantes líderes religiosos. Uma dessas celebridades da fé, conhecida nacionalmente, certa vez resolveu bater de frente com um deputado de oposição por divergências profissionais. Ameaça daqui, ameaça de lá, o parlamentar abriu um envelope onde havia extensa lista de servidores indicados pela santidade na Assembleia Legislativa, a maioria sem trabalhar. Tudo acabou em sorrisos e tapinhas nas costas.
Não tá fácil
E se já não bastasse a onda de calafrios na Assembleia Legislativa, eis que o desembargador Norival Santomé entra no olho do furacão por contar com mulher e três dos quatro filhos em cargos comissionados no governo estadual. Justificativas à parte, a apreensão entre integrantes do Executivo, Legislativo e Judiciário é de que essa nova “onda de denúncias” venha causar profundos estragos na cordial relação de troca de favores entre os três poderes em Goiás.
Tempo velho
Dia sim outro também, o governador Marconi Perillo se utiliza de notas e entrevistas ao jornal “O Popular” para mandar recados duros aos insatisfeitos na base aliada. Até o momento, o objetivo não foi alcançado. Pelo contrário. O quarto mandato e a adoção de medidas voltadas para o fortalecimento do seu currículo como gestor tiraram de Marconi o protagonismo político. Resumindo: ele é respeitado, porém deixou de ser temido. Precisa se acostumar à nova realidade.
Cortina
A expressão “cada um no seu quadrado” foi substituída em Brasília por “cada um com seu inferno astral”. Dilma Rousseff, Renan Calheiros e Eduardo Cunha não conseguem se entender em meio a denúncias da Operação Lava Jato, instabilidade econômica e insubordinação da base governista. Enquanto as caneladas correm soltas nos bastidores, Dilma grava pronunciamento para o Dia da Mulher, no domingo, e a dupla peemedebista tenta criar clima de intensa produtividade no Congresso Nacional. É o famoso jogo de aparências enquanto o caldeirão não para de ferver.
Assim não!
Alguém aí poderia explicar à aeromoça Talita, goiana que deixou o BBB15 na última terça-feira, a diferença entre teoria e prática, discurso e realidade. Ela abusou do sexo sem segurança dentro da casa, chegou a cogitar possibilidade de gravidez e quando saiu simplesmente afirmou: “Alô, mulheres do Brasil! Não repitam o que eu fiz lá dentro”. As palavras ensaiadas vieram tarde demais num país onde grande parte das pessoas se deixa levar pela aparência e adrenalina.
Batom
Aproveitando a oportunidade para desejar, sempre, um feliz Dia da Mulher a quem jamais aceitou o rótulo de sexo frágil. De frágil, aliás, as mulheres só têm as unhas!
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