Tiro no pé
O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff (PT) na noite de domingo serviu para acirrar ainda mais o ambiente político no país, aumentando a expectativa sobre as manifestações agendadas para 15 de março. Dilma até ensaiou admitir erros na condução da economia e na autocrítica sobre o escândalo na Petrobras, mas as sandálias da humildade não lhe couberam nos pés. Preciosos minutos na tevê acabaram provocando mais repulsa e contrariedade do que a compreensão que a presidente tanto pediu ao povo brasileiro.
Foco é outro
Cúpula e militantes petistas continuam cometendo o mesmo erro de avaliação sobre vaias, panelaços e até mesmo xingamentos inadequados de adversários políticos. Essas manifestações são legítimas, apesar dos excessos e das falhas na organização. Uma parcela do Partido dos Trabalhadores prefere não entrar no mérito da fragilidade do discurso e das atitudes da presidente Dilma Rousseff, algo que até o ex-presidente Lula vem admitindo em reuniões reservadas.
Amadorismo
Que falta anda fazendo um assessor de imprensa ou consultor político com experiência para celebridades políticas e religiosas em Goiás. Padre Luiz Augusto cometeu uma série de equívocos sobre seu cargo na Assembleia Legislativa em entrevista a “O Popular”. Deputado federal Sandes Júnior (PP) quase fez “um voto de pobreza” para se defender de participação na Operação Lava Jato. Disse ao mesmo jornal que ele a esposa “possuem veículos ano 2010”. E ainda teve a derrapada do vereador Tayrone di Martino (ex-PT) em postagens inapropriadas para o Dia da Mulher nas redes sociais. Em tempo: Sandes é radialista e Tayrone jornalista.
Vale a pena…
A velha prática de capitalizar visibilidade pública com as mesmas obras em duas eleições consecutivas está prestes a se repetir. Anunciados com estardalhaço para a campanha estadual de 2014, o Hugo 2, o Centro de Excelência e o viaduto da GO-080 certamente terão destaque especial na sucessão de Goiânia no ano que vem.
… ver de novo?
O mesmo procedimento irá se repetir com o Centro de Convenções em Anápolis e o Credeq de Aparecida de Goiânia. Com o agravante de que o Credeq foi compromisso assumido por Marconi Perillo em 2010. Presidente da Agetop, Jayme Rincón dá de ombros para cobranças: “Não importa o prazo, queremos qualidade”. Sinceridade que não existia em outubro de 2014.
Marginais ecléticos
Quem acompanha o mapa da criminalidade em Goiânia percebe o quanto a bandidagem não faz distinção entre periferia e burguesia. Com algumas exceções, os índices de roubos de celulares, bolsas e carteiras praticamente se assemelham no Tremendão, Finsocial, Eixo Anhanguera, Praça Cívica, Terminal Rodoviário, Praça Tamandaré, T-9, T-63, C-264, Alto da Glória e Jardim Novo Mundo. Os amigos do alheio não estão para brincadeira e atacam pra valer nas proximidades de shopping, agência bancária ou terminal de ônibus.
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